Por Fernanda AraujoUma enorme fila se formou desde cedo no Posto Sinhazinha, no bairro Grageru, na zona Sul de Aracaju, nesta sexta-feira (19). Em busca da vacina contra a febre amarela, os aracajuanos chegaram nas primeiras horas de hoje para serem imunizados. Muitos tiveram que esperar pouco mais de uma hora na fila.
 A consultora de Recursos Humanos Célia Souza chegou às 6h, uma hora antes do posto abrir, para tomar a vacina que é destinada a apenas quem vai viajar para áreas endêmicas e com a devida comprovação de passagem ou hospedagem. Ela vai viajar no próximo dia 8 para Campina Grande (PB) e depois para Gramado (RS). “Vim logo para não deixar de última hora. Estão chamando de três em três pessoas e pedindo que todos estejam com a comprovação de viagem. Desde que cheguei até entregar as senhas peguei a de número 125, até umas 9h ainda tinham cinquenta pessoas na minha frente”, conta. 
 No posto Sinhazinha foram entregues 200 senhas pela manhã. As outras senhas da tarde seriam disponibilizadas apenas a partir das 13h, mas a unidade disponilizou ainda pela manhã e suspendeu a entrega das senhas à tarde; no entanto, outras poderão ser entregues a partir da demanda. 
 Para Sergipe foram destinadas seis mil doses, número que, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), pode oscilar a qualquer momento a partir das demandas nos municípios. A vacina é repassada para a capital e interior de acordo com as necessidades das unidades de saúde. Ainda foram solicitadas ao Ministério da Saúde, pelo Programa Estadual de Imunização, mais 20 mil doses da vacina para reforçar o estoque. De acordo com a assessoria da SES, não há risco de desabastecimento.
 Sergipe não tem registro da doença, desde a implantação no Estado do Sistema de Notificações de Doenças Compulsórias, em 2000, e não faz parte da área de risco, mas as pessoas que vão viajar para áreas endêmicas como Bahia, São Paulo e Minas Gerais, devem ser imunizadas. Na Bahia, um caso de morte pela doença foi confirmado, a vítima era um morador de Taboão da Serra, em São Paulo, e estava internado em um hospital de Salvador.
 A veterinária Juliene Oliveira também vai viajar em fevereiro para São Paulo e procurou a vacinação no posto de saúde Lauro Dantas Hora do conjunto Bugio, região Norte da capital. “Cheguei as 7h10 e peguei a senha 49 e tomei a dose integral às 8h40 e nessa hora não tinha mais senha. Não está demorando muito, mas aqui as pessoas tem que chegar cedo porque começa a vacinar às 8h”, diz, acrescentando que foram distribuídas 200 senhas pela manhã, no período da tarde somente a partir do meio dia. 
 Ainda segundo a SES, cresceu a procura pela vacina, porém, a imunização não pode ocorrer de forma indiscriminada. “Não estamos em área de risco e poderemos correr o erro de vacinar quem não precisa e deixar de imunizar aquele que precisa da vacina”, afirma Giselda Melo, diretora de Vigilância Epidemiológica do órgão.
 Atualmente, oito UBSs oferecem a vacina em Aracaju, além do Ipesaúde. A transmissão urbana só é possível através da picada do mosquito Aedes Aegypti. A vacina é de dose única e não há a necessidade de ser aplicada novamente em quem já foi imunizado; a aplicação causa efeitos colaterais e é contraindicado para quem tem acima de 60 anos e abaixo de nove meses.
Cada unidade disponibiliza dois dias da semana, das 8h às 17h:
UBS Dona Sinhazinha, no bairro Grageru (às quartas e sextas-feiras);
UBS Edézio Vieira de Melo, no Siqueira Campos (às segundas e quintas);
UBS Joaldo Barbosa, no bairro América (às terças e quartas);
UBS Augusto César Leite, no Conjunto Santa Tereza (às segundas e quartas);
UBS Maria do Céu, no Centro (às terças e sextas);
UBS José Machado de Souza, no Santos Dumont (às segundas e terças);
UBS Lauro Dantas Hora, no Bugio (às quartas e sextas);
UBS Celso Daniel, no Conjunto Padre Pedro, Santa Maria (às segundas e quintas).
IPES, no bairro São José (às quintas-feiras).

Fotos: Saullo Hipolito
Com informações da SES

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