Entre
os dias 22 e 28 de janeiro ocorrerá, em Salvador, o 37o Congresso do sindicato
nacional dos professores universitários (ANDES-SN). O Congresso ocorrerá,
portanto, na semana do julgamento em segunda instância de Lula no TRF 4 de
Porto Alegre. Julgamento que tem o caráter de uma farsa judicial, cujo único
objetivo é impedir que Lula, favorito nas sondagens de votos, se candidate às
eleições presidenciais de 2018.
Professores identificados ao Fórum Renova
Andes, composto por docentes de diferentes matizes políticos, dispostos a se
organizar e a defender as universidades dos ataques do golpismo – cortes de
verbas para pesquisa, corte de bolsas, assédio do Ministério Público e da
Polícia Federal (como ocorreu nos recentes casos da UFSC e da UFMG) etc. –,
apresentarão no Congresso uma resolução em defesa da democracia e do direito de
Lula a se candidatar.
O texto já teve a adesão de mais de 500
professores universitários de todo o país. Nele, pode-se ler: “a condenação de
Lula representa uma grave ameaça à manutenção dos mais elementares direitos
civis, à presunção de inocência, à segurança jurídica de todo cidadão e, assim,
é uma ameaça aos traços de estado de direito que subsistem no Brasil”. E ainda:
“Esta ameaça aos direitos jurídicos elementares tem uma finalidade: alargar o
caminho para um ataque generalizado ao conjunto do movimento operário, popular
e juvenil. Ao condenar Lula, as instituições apodrecidas, nesse caso o
Judiciário que opera à revelia da legislação processual vigente, visa ao
desmantelamento do conjunto das organizações construídas pelo povo brasileiro
ao longo de décadas de lutas”.
Depois de divulgado o texto com as assinaturas, a atual diretoria nacional do Andes, filiada à central sindical CSP-Conlutas, finalmente lançou uma nota em que reconhece a perseguição do Judiciário contra Lula.
Depois de divulgado o texto com as assinaturas, a atual diretoria nacional do Andes, filiada à central sindical CSP-Conlutas, finalmente lançou uma nota em que reconhece a perseguição do Judiciário contra Lula.
Os professores identificados ao Renova Andes
defendem, entre outras bandeiras, o movimento “Ciência sem Cortes”, um plano de
lutas para campanha salarial e carreira docente. Também têm posição contrária à
Reforma da Previdência.