Em coletiva de imprensa
realizada nesta segunda-feira, 22, a gerente do Núcleo de Imunização da
Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sândala Teles, assegurou que a dinâmica
que diz respeito à vacinação contra a febre amarela, em Sergipe, está sob
controle. A coletiva foi realizada na Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de
Aracaju, localizada no bairro Coroa do Meio.
“O Estado não é executor da
vacina, mas recebe as doses do Ministério da Saúde e realiza a análise de
distribuição das mesmas, identificando, para isso, o local onde há necessidade
de envio. A logística relacionada a esse abastecimento está sob controle, sendo
o quantitativo disponível suficiente para atender demandas de viajantes para
áreas endêmicas. Cidadãos sergipanos podem ficar tranqüilos quanto ao estoque,
mediante compreensão de que a vacina não é necessária à população em geral,
mesmo porque há contra indicações a serem observadas”, declarou a gerente.
Contraindicações
A vacina contra a febre
amarela não é orientada para cidadãos com 60 anos ou mais, crianças com seis
meses de vida, gestantes, mulheres que estejam amamentando crianças menores de
seis meses, pessoas com histórico de alergia à proteína do ovo e indivíduos com
imunodepressão de qualquer natureza, ou seja, com diminuição em grau variável
da resposta imunológica. Também não é indicada para indivíduos que vivem com
HIV, submetidos a transplante de órgãos, com neoplasia, com história pregressa
de doenças da glândula timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência do
timo ou remoção cirúrgica).
“É importante que o idoso leve
o documento emitido por um profissional da saúde autorizando a vacinação, visto
que muitos estão enfrentando filas nas Unidades Básicas de Saúde [UBS] sem a
documentação devida. O mesmo acontece com gestantes ou mulheres em fase de
amamentação. Isso tudo contraindica a vacina nesse momento. É preciso analisar
o custo benefício para aplicação da dose nesses grupos”, acrescentou Sândala.
Municípios sergipanos
Mesmo não correndo risco de se
tornar região endêmica, Sergipe possui 40 municípios receptores da vacina,
inclusive localidades que são sede de região, sem possibilidades de fracionamento
das doses. Em cidades que possuem menos de 10 mil habitantes está sendo
processada a relação da população que está se deslocando para as zonas de
risco, e com base nesse quantitativo, a SES estará enviando a vacina.
Diante desse cenário de
monitoramento e abastecimento, Sândala Teles ressalta que não há necessidade de
os cidadãos saírem do interior em direção à capital em busca da vacina contra a
febre amarela. As doses, por sua vez, estão disponíveis rotineiramente para
viajantes, durante todo o ano nas UBS, portanto, se não há viagem programada
para uma dada área endêmica, não há necessidade de ir em busca da dose nesse
exato momento. Deve-se obtê-la no momento em que o cidadão for realmente viajar
para a região endêmica.
Locais de vacinação
Por fazer parte de um estado
que não é considerado endêmico para febre amarela, Aracaju oferta a dose padrão
da vacina contra a febre amarela com 0,5 ml e aplicação via subcutânea, em 10
unidades de saúde, das 8h às 17h, distribuídas em variados dias da semana. Na
capital, os locais de vacinação são as UBS Dina Sinhazinha, Edézio Vieira de
Melo, Joaldo Barbosa, Augusto César Leite, Maria do Céu, José Machado de Souza,
Lauro Dantas, Celso Daniel e Marx Carvalho, que passou a disponibilizar as
doses. Além dessas, o Ipesaúde também as disponibiliza. Cada unidade possui 300
doses da vacina, 150 por turno, nos dias específicos reservados à aplicação.
Carnaval
A secretária de Saúde de
Aracaju, Waneska Barboza, declara que a responsabilidade sanitária com o
município consiste em desconsiderar qualquer necessidade de pânico entre a
população.
“A vacinação será feita,
naturalmente, nas UBS, de forma que estaremos intensificando o trabalho frente
ao período carnavalesco. Senhas serão distribuídas em cada turno, a fim de
garantir a aplicação nas pessoas que realmente possuam indicação para a vacina.
É importante que a população tenha ciência das áreas de risco, cujos
detalhamentos se encontram no site do Ministério da Saúde, atentando também para
a necessidade real do recebimento da dose. O quantitativo disponível para os
que viajam durante o carnaval também é suficiente, sem possibilidade de
desassistência. Quem viaja para áreas endêmicas deve apresentar comprovante de
viagem ou da residência a que se destina”, orientou.