O mel é um alimento muito
utilizado tanto pelas suas propriedades culinárias, como terapêuticas, mas a
sua falsificação está se disseminando rapidamente por todo o Estado de Sergipe.
Pensando nisso, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado
da Saúde(SES) tem realizado amplas discussões a fim de definir estratégias
efetivas de combate à comercialização ilegal do produto.
Nesta terça-feira, 29, o
coordenador da Vigilância Sanitária da SES, João Farias, reuniu-se no Centro
Administrativo com o presidente da Confederação Brasileira de Apicultura,
Aragão Brito, e representantes das Vigilâncias Sanitárias da Grande Aracaju (
Aracaju, Barra dos Coqueiros, Nossa Senhora do Socorro e São Cristóvão).
João Farias explicou que será
iniciada a busca ativa dos falsificantes e que haverá uma ampla campanha
informativa para o consumidor, ao mesmo tempo em que direcionará as ações das
vigilâncias sanitárias municipais.
“Neste primeiro momento
convidamos as coordenadorias das cidades da Grande Aracaju e discutimos os
passos para intensificarmos a fiscalização de forma coordenada. Depois,
ampliaremos para os distritos para que possamos atingir todo o Estado.É uma
questão séria de saúde pública e estamos empenhados nesse combate”, garantiu.
O coordenador da Vigilância
Sanitária da Barra dos Coqueiros, Jorge Passos, vê como positiva a mobilização.
“Estamos a postos para cumprir com o nosso dever que é o de defender a saúde
pública. Seguiremos todas as orientações dadas pela Vigilância Sanitária do
Estado e, unidos nessa força-tarefa, acredito que o resultado será positivo ”,
informou .
Como identificar
De acordo com o presidente da
Confederação Brasileira de Apicultura, Aragão Brito, a identificação precisa da
adulteração do produto é feita através da análise laboratorial, mas há formas
de perceber se o mel pode estar adulterado.
“A primeira maneira é observar
o preço do produto. Quando ele estiver muito abaixo da média de mercado, o
consumidor deve desconfiar. Outro indício é a densidade do mel, que muitas
vezes quando alterado, apresenta-se na forma menos consistente”, relatou
Aragão.
Ainda de acordo com ele, a
situação está se agravando com a falsificação, também, do rótulo da Associação
Sergipana de Apicultura, que é a entidade habilitada a processar o mel no
Estado.
“ O caso é muito sério. Eles
chegaram ao ponto de plagiar os rótulos para confundir ainda mais o consumidor.
Por isso procuramos a Secretaria de Estado da Saúde porque precisamos nos unir
para que a sociedade esteja informada, fique alerta e não seja enganada. A
receptividade de João Farias é uma demonstração importante de compromisso da
nova gestão e tem cumprido, de forma muito positiva, o seu papel, traçando de
forma conjunta estratégias de combate aos falsificadores”,
completou.
Como denunciar
Para o coordenador da
Vigilância Sanitária da SES, João Farias, a denúncia da
comercialização de mel falsificado é um importante aliado no combate. “A pessoa
deve procurar a Vigilância Sanitária de seu município e formalizar a denúncia.
Pode, também, contactar a nossa Coordenadoria pelo número 3225-3800”, explicou.