O Rio Poxim é uma das
principais fontes de suprimento de água da população aracajuana, no entanto, é
um dos mais poluídos de Sergipe. Recentemente, em 2017, dois estudantes do
curso de Ecologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) realizaram uma
pesquisa no Laboratório de Estudos Ecotoxicológicos da instituição onde mais
uma vez foi constatada a baixa qualidade ambiental das águas do rio Poxim. Na
manhã desta segunda-feira, 29, a equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE,
flagrou um trecho do rio coberto por um enorme tapete de espuma, o que pode
caracterizar poluição química.
O estudo dos pesquisadores foi premiado
pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) em 2017
durante o 10º Encontro de Recursos Hídricos em Sergipe (Enrehse). Segundo os
resultados apresentados, o maior problema de poluição do rio Poxim está
relacionado ao esgoto, principalmente o doméstico. Mas, o rio sofre diversas
formas de degradação, como exploração de areia, depósito de lixos, retirada de
argila, além do lançamento de esgoto.
Ele entra no território de Aracaju a
partir do Bairro Jabotiana, drenando os bairros Inácio Barbosa, São Conrado,
Farolândia, Jardins e Coroa do Meio, onde se encontra com o rio Sergipe. A
região do Jabotiana já foi acusada em diversos momentos pela imprensa sergipana
da poluição no Rio Poxim. O portal de notícias Infonet divulgou, em julho desse
ano, uma matéria sobre descarte de lixo sob o rio, que chegou a causar
mortandade de peixes.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente
de Aracaju (Sema) garantiu que deverá acionar a equipe do Departamento de
Controle Ambiental (DCA), para realizar uma análise da situação e identificar a
procedência da problemática e do que se trata o material encontrado no riacho.
“Após a análise e identificação do caso,
serão tomadas as devidas providências. A Sema afirma que irá reforçar a
fiscalização no local para coibir este tipo de prática e ressalta que já vem
realizando diariamente fiscalizações no que se refere ao descarte irregular de
resíduos, por toda Aracaju, inclusive em pontos considerados viciados, onde os
próprios moradores, veículos e carroceiros realizam o descarte incorreto”,
informa o órgão.
A Sema acrescenta ainda que são
realizadas constantes operações em Áreas de Preservação Permanente (APP’s), com
o objetivo de combater qualquer tipo de degradação ambiental causada pelo
homem, como descarte de resíduos e despejo de efluentes domésticos. “Em casos de
denúncias de flagrantes de degradações ambientais, a população pode entrar em
contato com a Sema pelos telefones (79) 3225-4151 e (79) 3225-4178”, reforça a
secretaria.