Um golfinho foi resgatado na tarde desta quarta-feira, 25, após encalhar entre as praias da Caueira e Abaís, litoral sul de Sergipe. O animal foi localizado e resgatado por biólogos da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) que faziam o monitoramento da região.
 De acordo com o João Carlos Gomes, que é diretor de pesquisa e manejo da FMA, o golfinho foi encontrado em uma região de muitas ondas, o que dificultou o trabalho inicial de reintrodução ao mar. Para concluir o resgate, conforme o biólogo, a equipe da FMA usou uma embarcação e levou o golfinho a uma região próxima a foz do rio, distante aproximadamente 4 mil milhas da costa.
 Antes da soltura, os biólogos avaliaram a saúde do animal e ministraram medicamentos. “O golfinho tinha escoriações e evidências de uma pequena mordida de tubarão charuto, mas estava bem ativo e respondendo bem. Nós medicamos, administramos uma suplementação polivitamínica e depois levamos a uma área mais afastada para que ele pudesse voltar ao seu caminho”, explica João Carlos.
 Ainda de acordo com o biólogo, ainda não é possível saber o que teria motivado o encalhe do golfinho. “Existem diversas possibilidades. Os golfinhos geralmente andam em grupos, então o fato de ocorrer um encalhe pode ter vários motivos, desde um encalhe até um processo de desorientação”, explica.
 O golfinho, conforme informações da FMA, é de uma espécie oceânica, que costuma ser encontrada na bacia sergipana. Apesar do resgate, as equipes da FMA continuarão fazendo o monitoramento da região para ter certeza de que o golfinho voltou ao seu caminho e não encalhou novamente.
Sobre a FMA
 A FMA tem a missão diária de promover a conservação dos mamíferos aquáticos e seus habitats, visando a sustentabilidade socioambiental. Em Sergipe, a FMA possui um projeto de monitoramento de praias ao longo de todo o litoral sergipano se estendendo para algumas áreas da Bahia e Alagoas. A execução do projeto também faz parte de uma condicionante ambiental imposta pelo Ibama a Petrobras por causa das atividades de exploração de petróleo na costa brasileira.

Por Verlane Estácio

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