São Paulo — Os títulos públicos de longo prazo indexados ao IPCA e os fundos de ações lideraram o ranking de investimentos do site EXAME em outubro. O desempenho, segundo analistas, se deve à especulação dos investidores com a liderança de Jair Bolsonaro na disputa pelo Planalto, que foi confirmada na eleição do último domingo (28).
 No Tesouro Direto, plataforma do governo para compra e venda de títulos públicos, o Tesouro IPCA+ que segue a inflação e tem vencimento em 2045 teve rentabilidade de 19,53% no mês. Ele foi seguido pelo Tesouro IPCA+ que segue a inflação que paga juros semestrais e tem vencimento em 2050, que subiu 11,58% no período.
 Outubro foi um excelente mês para a renda variável. O Ibovespa, principal índice de ações da B3, disparou 10,19% no período e empurrou para cima os fundos de ações. Foi o melhor mês para a Bolsa brasileira desde janeiro deste ano, quando subiu 11,14%.
 Os fundos de ações de small caps subiram 9,55% em outubro e ficaram na terceira posição do ranking de investimentos. Eles foram seguidos pelos fundos de ações que pagam bons dividendos (parte do lucro das empresas distribuída aos acionistas), com rentabilidade de 9,50% no mês.
 A disputa eleitoral também fez o dólar recuar 7,8% em outubro, colocando os fundos cambiais na última posição do ranking de investimentos, com perda de 9,24%. Foi a maior queda mensal do dólar desde junho de 2016, no contexto do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
 Planejadores financeiros indicam a aplicação em fundos cambiais apenas para pessoas que precisam se proteger da oscilação de moedas estrangeiras. É o caso, por exemplo, de quem vai viajar ao exterior. Fora dessa circunstância, esse investimento não é recomendado aos pequenos investidores, uma vez que a taxa de câmbio varia muito.
 Quem também pegou carona na desvalorização do dólar em outubro foi o ouro, que ocupou a segunda pior colocação no levantamento, com baixa de 5,20% no mês.
Para todos os investimentos, a orientação é sempre lembrar que a rentabilidade passada não significa garantia de rendimento futuro. Também é importante mencionar que o ranking de investimentos do site EXAME considera a rentabilidade bruta das aplicações no mês e em 2018, sem descontar Imposto de Renda. Nas aplicações em fundos de ações, há IR de 15%.
 Nos fundos de curto prazo, a alíquota é de 22,50% para resgates em até 180 dias e de 20% para resgates depois de 180 dias. Nas demais categorias de fundos (longo prazo), a tributação segue tabela regressiva, em que a alíquota varia entre 15% e 22,5%, conforme o prazo de vencimento.
 Os títulos públicos também são tributados pela tabela regressiva de IR. Veja o passo a passo para investir no Tesouro Direto e como escolher a corretora. A poupança não tem cobrança de Imposto de Renda e a aplicação em ouro também é isenta de IR até 20 mil reais.

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