A semana começou sem água nas torneiras para cerca de 10 mil moradores
do conjunto Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana
de Aracaju (SE). Um vazamento na rede de distribuição afetou o abastecimento na
localidade nesta segunda-feira (3). Já nesta terça-feira (4), foi a vez de
quase 50 mil sergipanos que recebem água através da adutora do semiário ficarem
sem o fornecimento.
O problema é recorrente e está na mira do governador Belivaldo
Chagas (PSD), que externou, nessa terça-feira, sua insatisfação com a
qualidade do serviço prestado pela Companhia de Saneamento de Sergipe
(Deso). “Embora tenha bons técnicos, ainda deixa a desejar em alguns
aspectos”, avaliou.
Para justificar sua inquietação, Belivaldo Chagas citou como exemplo a
situação da sua terra natal, o município de Tobias Barreto, no centro-sul do
estado. Na zona rural em apenas um dia, segundo o governador, foram
identificados mais de 60 vazamentos na tubulação. Problema insuportável, na
avaliação do chefe do Executivo, e que, para além de dificultar o acesso da
população à água potável, responde por significativo desperdício de um recurso
essencial à vida.
A solução, destacou Belivaldo em entrevista coletiva nesta terça, já
está sendo estudada e deve começar a ganhar corpo a partir do ano que vem,
quando o Executivo vai se debruçar sobre as reformas que pretende fazer na
administração indireta. O governador descartou, no entanto, qualquer
possibilidade de privatização da empresa estadual.
“Seja por meio de Parceria Público Privada (PPP), seja por captação de
recursos, vamos otimizar os serviços. Não dá para continuar como está. Vamos
torná-la ágil, eficiente, para melhorar os serviços à população”, disse
Belivaldo Chagas, ressaltando o apreço que tem pela Deso, cujo quadro efetivo
conta com 1.711 trabalhadores concursados.