O presidente eleito, Jair
Bolsonaro, disse neste domingo (16), em sua conta no Twitter, que o tema pena de morte
não será debatido em seu governo. A afirmação foi feita após a publicação de
reportagem pelo jornal O Globo neste domingo com o deputado federal reeleito
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Segundo o texto, o filho do
presidente eleito defendeu “a possibilidade de pena de morte para traficantes
de drogas, a exemplo do que ocorre na Indonésia, e para autores de crimes
hediondos”.
“Em destaque no jornal O Globo
de hoje informou que, em meu governo, o assunto pena de morte será motivo de
debate. Além de tratar-se de cláusula pétrea da Constituição, não fez parte de
minha campanha. Assunto encerrado antes que tornem isso um dos escarcéus
propositais diários”, escreveu Jair Bolsonaro em sua postagem.
Segundo a reportagem do
jornal, Eduardo Bolsonaro disse que um plebiscito pode ser usado para consultar
os brasileiros sobre o assunto. A Constituição trata a vedação à pena de morte
como uma cláusula pétrea, que não pode ser mudada mesmo com uma proposta de
Emenda à Constituição (PEC).
“Eu sei que é uma cláusula
pétrea da Constituição, artigo 5º etc. Porém, existem exceções. Uma é para o
desertor em caso de guerra. Por que não colocar outra exceção para crimes
hediondos?”, disse o deputado ao Globo.
Américas
Nos últimos dias, Eduardo
Bolsonaro manteve intensas conversas sobre o cenário internacional,
especificamente os casos relativos à América Latina. Ele foi ao Chile e se
reuniu também com representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA),
quando tratou sobre o caso da Venezuela.
Para o parlamentar, é preciso
agir logo em relação à crise na Venezuela. Na sua opinião, a alternativa é um
governo de transição e a saída imediata do atual presidente venezuelano, Nicolás
Maduro.
Ele citou a situação de Miguel
Angel Martín, o presidente do TSJ venezuelano, equivalente ao Supremo Tribunal
Federal, que está exilado ao lado de outros magistrados. “Cabe a ele [Martín]
reconhecer juridicamente um governo de transição p/ Venezuela”, diz o deputado
na sua conta no Twitter.
No Chile, Eduardo Bolsonaro se
reuniu com o economista José Piñera, irmão do presidente chileno, Sebastián
Piñera, considerado referência no país. Com uma foto, postada na rede social,
ele aparece tomando vinho e conversando com o economista, exaltando suas
virtudes e dizendo que ele foi “o homem que com 29 anos fez as reformas
que colocaram o miserável Chile nos trilhos”.
Fonte: Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência
Brasil