Cento e oitenta e duas mil pessoas encerraram o ano de 2018 à procura de emprego em Sergipe, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse quantitativo é referente ao terceiro trimestre de 2018, o que em relação ao mesmo período em 2017, significa um aumento de 43 mil trabalhadores desempregados no estado. O ano de 2018 foi encerrado com taxa de desocupação em Sergipe de 17,5%, quando no ano anterior era de 13,6%, aumento de 4,1%.
 Enquanto cai o número de trabalhadores com carteira assinada, quando no terceiro trimestre de 2018 eram 215 mil contra 235 mil no mesmo período em 2017, cresce o número de pessoas ocupadas sem carteira assinada. O ano de 2018 foi encerrado com 143 mil trabalhadores sem carteira assinada, quando no ano anterior era 130 mil.
 De acordo com o economista e dirigente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sociais de Sergipe (Dieese), Luís Moura, somando a quantidade de ocupados sem carteira assinada, com os que trabalham por conta própria, são cerca de 400 mil trabalhadores. Para Moura, os dados são preocupantes, visto que a estimativa de crescimento da economia para 2019 é de 2,5%.
 “Com essa previsão, o crescimento não será suficiente para gerar novas vagas significativas no mercado de trabalho. Em muitos casos, as empresas estão demitindo e contratando as pessoas de forma precária, com trabalho intermitente ou exclusivos. Tem crescido muito o número de contratações por esse novo formato de trabalho previsto na lei da reforma trabalhista. Depois de um ano, o que nós percebemos é que houve uma precarização do mercado de trabalho em Sergipe e no Brasil”, avalia o economista.
 A pesquisa registra redução de 13 mil pessoas contratadas nas áreas de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura em Sergipe entre o terceiro trimestre de 2017 e o mesmo período em 2018. Houve queda também no setor de construção, com redução de 10 mil. A área de alojamento e alimentação também diminuiu de 47 mil pessoas trabalhando na área em 2017, contra 43 mil em 2018.
 Já os setores de indústria geral, informação, comunicação e atividades financeiras e imobiliárias, profissionais e administrativas, além de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana, serviços sociais e outros serviços, apontaram crescimento no número de pessoas trabalhando.




Por Laís de Melo 

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