O Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase) impetrou nessa terça-feira (5), um mandado de injunção coletivo contra o governador Belivaldo Chagas (PSD), em virtude do congelamento do reajuste anual dos salários, que já dura seis anos consecutivos. 
 A categoria classifica a ausência de reajuste de “ato omisso” por parte do governador e que a reposição salarial tem respaldo tanto na Constituição, quanto no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).
 De acordo com o presidente do Sintrase, Anderson Araújo, a “omissão” do Governo preocupa a classe, tendo em vista que a remuneração da categoria durante todos esses anos não acompanhou o reajuste inflacionário, o que reduz drasticamente o poder de compra dos trabalhadores. 
 “São seis anos sem qualquer tipo de reposição, acarretando as perdas de 45% aos salários. Hoje temos mais de quatro mil servidores ganhando menos de um salário mínimo por mês sem qualquer perspectiva de melhora. Houve a necessidade de ingressarmos com a ação para solicitar que o Poder Judiciário mande o Estado cumprir com a lei, ou seja, que o Estado envie para a Assembleia Legislativa um projeto concedendo a reposição das perdas inflacionárias”, destaca o sindicalista. 
 Diego é taxativo ao afirmar que o Estado não tem boa vontade de discutir o assunto e que deve adotar o mesmo discurso dos anos anteriores, de que a crise financeira e o rombo da Previdência engessam qualquer iniciativa de reajuste salarial dos servidores. “Não há diálogo com os movimentos. Repito, dos doze mil servidores ligados ao Sintrase, quatro mil recebem abaixo do salário mínimo”.
Esperança 
 A ação já está na mesa do desembargador do Tribunal de Justiça, Cesário Siqueira Neto, que é o relator no processo. Para Diego, há uma boa expectativa de vitória. “Acho que temos tido nos últimos anos decisões a favor da classe trabalhadora e temos grande esperança no Poder Judiciário”.
 Em caso de indeferimento do Tribunal de Justiça, a categoria vai se reunir em assembleia, ainda sem data definida, para decidir se entra ou não em greve.
O que diz o Governo
 A Secretaria de Estado da Comunicação Social informou que o Estado só irá se pronunciar após notificação.

Da redação, Joangelo Custódio

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