Uma verdadeira peregrinação em busca de água é a rotina diária dos moradores do município de Tobias Barreto (SE), que enfrentam uma crise hídrica desde o final do ano passado com a redução do nível da barragem da região.
 Sem água nas torneiras, os moradores vão atrás dela nas caixas d' água abastecidas por carros pipa que foram colocadas em alguns pontos da cidade pela Deso para tentar amenizar a situação. E quando surge nas torneiras, dura apenas dois ou três dias, já que o sistema de abastecimento tem sido feito por meio de rodízio depois que foi construída uma nova barragem para atender às necessidades básicas da população.
 Mesmo assim, essas medidas emergenciais adotadas pelo Governo não têm sido suficientes, segundo os moradores, que cobram uma solução efetiva. O morador e radialista Michel Fontes conta que os bairros chegam a passar vários dias sem água nas torneiras, o que se agrava nas regiões periféricas.
 A situação é caótica, sem chuvas. Todos os moradores têm que ir até as caixas d água com seus baldes ou vasilhas e com quantidade limitada. Nas torneiras demora-se dias para chegar água, e quando é liberada quem tem uma bomba d'água puxa e o resto da rua não consegue, geralmente tem que madrugar enchendo baldes. Imagine para tomar banho, lavar roupas", afirma Michel, que reside no Centro da cidade.
 Ele também relata que, diante do desespero da população, já houve até algumas confusões e brigas pela grande quantidade de pessoas nas caixas d água instaladas.
Outro problema é o comércio de água clandestina que chega do estado da Bahia. "Quem tem condições paga 50 reais por mil litros", diz. Porém, a falta de água na região já é antiga, segundo o radialista.
 A adutora feita ainda na gestão de Marcelo Déda para captar água da barragem do Jabeberi, esta construída para irrigação rural no primeiro governo de João Alves, chegou a amenizar a situação, mesmo a água considerada de péssima qualidade pelos moradores. Porém a cidade cresceu, e a barragem começou a ter problemas para suprir a população de bairros mais distantes. "Dentro desse quadro a barragem secou por completo e a população está refém desses paliativos sem uma solução efetiva", critica Michel.
Fonte: F5
Fotos: Michel Fontes

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