A Justiça determinou a prisão temporária do marido de Ana Paula de Jesus Santos, 26 anos, morta com golpes de marreta durante um susposto assalto dentro de sua residência no conjunto Dom Pedro, zona Oeste de Aracaju (SE), na madrugada de sábado (11). A polícia suspeita de crime de feminicídio. 
 De acordo com depoimento do marido à Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (14), Ana Paula estava com o esposo no quarto e o filho também na casa, quando dois criminosos teriam pulado o muro do imóvel, anunciaram o assalto e agrediram o casal. Vitor Aragão, o esposo, disse que foi golpeado no pescoço com um bloco, e a mulher que estava dormindo foi assassinada com uma marreta que estava na residência. Na ação criminosa, foram roubados cerca de R$ 2 mil. 
 A prisão temporária de 30 dias foi decretada pelo Judiciário após a delegada Luciana Pereira, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP)  - responsável pela investigação, pedir pela detenção de Vitor Aragão, por suspeita dele ter articulado a ação criminosa contra a consultora de vendas.
 Segundo a delegada, com base no laudo pericial que apontou o local onde a vítima foi morta e das oitivas realizadas, não foi possível provar que havia uma terceira pessoa no quarto do casal, "o que indica que só havia ela e o Vitor, o que leva a crer que o autor da morte dela teria sido o marido".
 Algumas contradições no depoimento do marido da vítima também chamam a atenção dos investigadores. Segundo o esposo, o primeiro assaltante golpeou Ana Paula em um certo lado do quarto, mas de acordo com o laudo, a vítima foi assassinada do lado oposto, onde Vitor disse que estava quando foi rendido pelo segundo assaltante. 
 "Temos que tentar entender como uma pessoa que estava rendendo ele conseguiu dar uma marretada na vítima. Ele alega que um assaltante estava do lado de Ana Paula, mas ela foi morta do lado em que ele estava", ressaltou Luciana Pereira, que pode indiciar o suspeito pelo crime de feminicídio.
 A suposta motivação do crime também é apurada, no entanto, testemunhas, inclusive, familiares da jovem disseram à polícia que Ana Paula contou recentemente que pensava em separação. O marido nega ter tido essa conversa e alega que tinha uma excelente relação com a esposa. Como um casal reservado, não havia histórico de violência. 
 Outras testemunhas ainda devem ser ouvidas pela polícia, que também aguarda o resultado do laudo pericial cadavérico e da perícia do aparelho celular da vítima.

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