Nesta segunda-feira (17), o governador Belivaldo Chagas recebeu a
apresentação do projeto de construção do Parque de Energia Solar que será
instalado no município de Canindé de São Francisco, no semiárido, e será o 2º
maior parque de produção de energia fotovoltaica do mundo, ficando apenas após
o Tengger Desert Solar Park, localizado na China. Na ocasião, foi entregue a
licença ambiental prévia da área onde a usina será instalada.
O Parque que será instalado é uma iniciativa da Enesf – Energias do São
Francisco -, consórcio formado por empresas e investidores que acreditam no
potencial energético do estado.
“Agradeço a confiança que está sendo depositada em nosso estado. Estamos
vivendo um período ímpar, onde as boas notícias estão chegando. Isso cria um
ambiente promissor para o estado, onde os investidores estão atuando, fazendo
com que as coisas possam acontecer. Por parte do estado, o que pudermos
colaborar, como já estamos colaborando, vamos fazer”, declarou o governador que
destacou também a atuação da Adema, no processo de licenciamento
ambiental.
De acordo com o diretor do Núcleo do Desenvolvimento Econômico e Social
de Sergipe, Joaquim Ferreira, o projeto já vem sendo desenvolvido há dois anos.
“Nesse projeto, o governo do Estado nos auxiliou bastante na questão de
licenciamento ambiental e em outros apoios que nós precisamos. A nossa
expectativa é colocar o parque em operação no menor prazo possível, gerando
emprego e renda na região”, afirmou.
“É um projeto de energia solar, com 1.200 megawatts de capacidade
instalada. Maior projeto do país de energia solar e possivelmente um dos
maiores projetos no mundo. Nós estimamos um investimento em torno de R$5
bilhões para todos os 1.200 MW, que será feito por fases”, explicou o diretor
de novos negócios, Felipe Koefender.
Ações realizadas
As primeiras etapas para concretização do parque de energia solar em
Sergipe já estão em execução. Entre as ações já realizadas foram feitas a
instalação da estação para medição solarimétrica, bem como os estudos
ambientais que favoreceram a licença ambiental prévia entregue nesta segunda-feira.
Além disso, já foram arrendados os 2.400ha, área que comportará as
placas para os 1.200 MW de capacidade instalada; também foi concluída a
produção de certificação, bem como o projeto básico de engenharia.
Leilão
A expectativa é de instalação completa do parque de energia solar no
menor espaço de tempo possível, e uma das ações que pode favorecer nesse
resultado é o leilão do governo federal, que acontecerá no mês de
outubro.
“É fundamental, porque é a maneira, no Brasil, que se comercializa, no
ambiente regulado, a energia gerada por esses tipos de projetos. Nós
cadastramos na EPE – Empresa de Pesquisa Energética, ligado ao Ministério de
Minas e Energias (MME), 600 megawatts. Acreditamos que podemos ter um resultado
bastante importante, a partir dessa participação no leilão”, ressaltou Felipe
Koefender.
A ideia é avaliar o mercado a partir do leilão e viabilizar a construção
do projeto. “A primeira etapa do parque, que seriam 600 MW a gente destinou ao
leilão do governo federal, que acontecerá em outubro. E depois terá uma
ampliação de mais 600 MW, embora o projeto tenha sido todo concebido já com os
1.200 MW”, especificou Joaquim Oliveira.
As informações são da ASN