Por Francisco Oliveira
Mais um empresário acusado de envolvimento com suposto esquema para
desviar recursos públicos no município de Carira está em liberdade. O
empresário Robson Lopes de Oliveira, ex-prefeitos do município e outros
empresários foram presos no dia 11 último por determinação do juiz da Comarca de Carira,
atendendo pedido do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e
Administração Pública (Deotap) da Polícia Civil de Sergipe.
Na sexta-feira, 14, o desembargador Edson Ulisses de Melo concedeu
liminar pela libertação do empresário. Mas, conforme explicações do advogado
Glover Rúbio dos Santos Castro, que atua na defesa, o empresário permaneceu
preso por falta da expedição do alvará de soltura, que deveria ter ocorrido na
mesma sexta-feira. Mas um problema no sistema prisional, o alvará deixou de ser
emitido, de acordo com o advogado.
Somente no domingo, 16, o advogado conseguiu êxito ao provocar novamente
o Poder Judiciário, informando que um equívoco no sistema prisional impediu a
emissão do alvará de soltura. O desembargador Alberto Romeu Gouveia Leite
apreciou o pedido da defesa e assim determinou a emissão do alvará de soltura,
em cumprimento à decisão anterior proferida pelo desembargador Edson Ulisses de
Melo.
Com esta nova decisão, o alvará foi emitido e o empresário foi colocado
em liberdade na tarde do domingo, 16.
Relembre o caso
Na terça-feira da semana passada, 11, a equipe do Deotap com articulação
do Ministério Público Estadual, através do Grupo de Atuação Especial de Combate
ao Crime Organizado (Gaeco), desencadeou a Operação Xeque-Mate para cumprimento
de mandados judiciais, que incluiu a prisão de mais de dez pessoas. Entre elas,
estão três pessoas da mesma família: os ex-prefeitos João Bosco Machado e Diogo
Menezes Machado [o primeiro é pai do segundo] e Diego Menezes Machado, também
filho de João Bosco. Eles foram colocados em liberdade na sexta-feira, 14, por
decisão liminar do desembargador Edson Ulisses de Melo.
O grupo, que teria o patriarca como principal líder da suposta
organização criminosa, seria responsável por desvio de recursos públicos que
teriam provocado um prejuízo avaliado em R$ 20 milhões aos cofres públicos do
município de Carira.