A
Brigada Itinerante Estadual de Combate à Dengue opera nesta segunda e
terça-feira (14 e 15) em Poço Verde. A Secretaria de Estado da Saúde (SES),
através da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), já capacitou 100 agentes de
saúde que atuarão como apoio aos municípios no enfrentamento ao mosquito
causador da Dengue, Zica e Chikungunya.
Na
próxima quarta, quinta e sexta-feira (16, 17 e 18) será a vez do município de
Canindé do São Francisco. A Força-tarefa tem o objetivo de eliminar os
criadouros para impedir o ciclo de vida do mosquito Aedes Aegypti e reduzir,
assim, a incidência das Arboviroses.
Aedes
aegypti, um mosquito inteligente
O
mosquito da dengue, apesar de parecido com a muriçoca ou pernilongo, tem suas
particularidades. Enquanto a muriçoca desova cerca de 300 ovos de uma só vez na
água, a fêmea do Aedes aegypti distribui seus ovos por lugares diferentes.
“A
fêmea do Aedes é diferente e mais esperta, quando aparece numa lavanderia não
desova apenas na água, ela coloca uma parte dos ovos na parede, procura outro
criadouro e deposita outra parte, e vai espalhando sua desova para que o
predador não consuma todos os seus ovos”, afirmou Edvaldo Maciel, supervisor da
Brigada Itinerante.
Originalmente
brancos, os ovos depositados na parede, em uma ou duas horas,
assumem a cor do local, numa camuflagem perfeita, dificultando serem
vistos. “O morador não consegue ver, além de se camuflar, são minúsculos e,
para destruí-los, só com a parte mecânica, esfregando com força o local com
bucha e com água sanitária”, explicou o supervisor.
Esses
ovos podem ficar na parede durante dois anos e, quando em contato com a água,
nascerem perfeitos. “Há muita falta de conhecimento, temos que mostrar
que os ovos podem ficar ali por muito tempo, os ovos ficam só esperando o
contato com a água para eclodir perfeitamente”, reforçou Maciel.
Outra
questão importante é o acúmulo de lixo nos quintais. “É muito importante também
a questão do lixo urbano como copos descartáveis, caixinha de ovo, que estão
juntando no fundo doo quintais, transformando-se em criadouro para a larva do
mosquito. Nós mostramos a situação, a parte educativa, mostramos como se limpa,
e o último recurso é o tratamento químico. Então, a gente trata e ensina o que
fazer para esse índice não aumentar e acreditamos que, com essa nossa visita, a
tendência é baixar”, concluiu o supervisor.
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Com informações da Secretaria de Estado da Saúde.