Em entrevista ao Jornal da Fan 2ª Edição nesta quinta-feira, 5, o ex-governador Jackson Barreto (MDB) fez questão de deixar claro o seu descontentamento e falta de apreço para com o atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Eu não suporto Jair Bolsonaro. Ninguém suporta. Isto é a pior coisa que aconteceu para a história desse país. Pela incompetência, pela falta de visão, pela falta de cumprimento daquilo que se dizia. O Brasil merecia uma coisa melhor, mais preparada, um presidente que tivesse nível. Fosse um homem de direita, para eu combater ideologicamente, mas fosse um homem preparado, qualificado, um homem alfabetizado, porque Bolsonaro é analfabeto de pai e mãe”, ataca Jackson.
O ex-governador pontuou sobre a recente absolvição dos ex-presidentes Lula e Dilma no caso do “quadrilhão do PT”. Segundo ele, esse teria sido um julgamento justo.
“Fiquei feliz ontem com a decisão da Justiça em Brasília, que absolveu Lula e Dilma e acho que aquele processo em Brasília é o mais grave que aconteceu na vida pessoal de Lula. Mas, como o juiz não é político, como o juiz não tem projeto político, como o juiz não agiu politicamente, Lula foi absolvido. Quando chega na história do Paraná, disseminado por Moro, que negociou a vida de Lula por um cargo de ministro, aí a coisa é diferente”, disse JB.
Jackson falou sobre o sofrimento ao governar o Estado, mas ressaltou o orgulho em ter saído e nunca ter sido questionado judicialmente sobre desvio de dinheiro público. “Sofri muito, porque governei Sergipe no pior momento da história da economia do país, que afetou muito a vida do povo sergipano. Tive muitas dificuldades para pagar folha de servidor, isso me deixou uma marca muito triste. Agora, tem uma coisa que eu tenho muita honra e muito orgulho, vou fazer dois anos que deixei o governo e nunca houve um questionamento na sociedade, no Poder Judiciário, no Tribunal de Contas, da honra pessoal, da ética e da probidade de Jackson Barreto enquanto governador. Isso me deixa feliz. Deixei meu nome limpo, honrado. Não aumentei meu patrimônio em nada”.
Questionado sobre a possibilidade de ser candidato em 2020, Jackson garantiu que encerrou a vida pública e já deu a sua parcela de contribuição a Sergipe. Mas, afirmou que apoiará amigos, a exemplo de Edvaldo Nogueira em Aracaju. “Na eleição municipal não serei candidato a nada. Em Aracaju, serei eleitor de Edvaldo Nogueira. No interior do estado tenho as minhas preferências pessoais. Aqueles companheiros que me convidarem, que cobrarem a minha presença, eu quero estar presente”, esclareceu.
Por último, sobre o governo de Belivaldo, Jackson afirmou ser solidário a ele. Mas, deixou claro que não entregou um estado quebrado.
“Belivaldo está passando por muitas dificuldades e nós sabemos. Não vou crucificar um companheiro. Sou solidário por tudo que ele está passando. A semana passada Belivaldo chegou a ir para um hospital e ficar internado. Sabe o que é isso? Eu sei das angústias que é governar o estado sem recursos. Não tem coisa pior do que ter que atrasar salário de servidor. Eu sempre defendi o trabalhador. Eu não entreguei o estado quebrado. Eu entreguei da forma como recebi, funcionando tudo. A situação do estado é a situação do país, da economia. Sergipe não é uma ilha”, finalizou o ex-governador.
