Depois dos discursos ofensivos
do ministro da Economia – Paulo Guedes, na tarde dessa quinta (13), o deputado
federal Fábio Henrique (PDT/SE) usou a tribuna da Câmara Federal para pedir que
o Governo Federal desenvolva sua política de liberdade econômica, mas que
proporcione a inclusão social. Para o deputado pedetista o ministro precisa
fazer uma reflexão e deixar de falar bobagens.
“Não estou aqui para
agredi-lo, nem para xingá-lo, porque tenho defendido a política do equilíbrio,
que é disso que o Brasil precisa. Vou fazer uma reflexão e gostaria que o
ministro Paulo Guedes também tivesse a humildade de fazer. O ministro especializou-se
em falar bobagens. Na semana passada, ele fez uma agressão a todos os
servidores públicos, chamando-os de parasitas. Dos mais graduados aos mais
humildes, todos foram chamados de parasitas”, disse o deputado.
Fábio Henrique ressaltou
que a maioria dos brasileiros é cristã e que por isso defendem o princípio de
que é preciso perdoar para ser perdoado. “O ministro Paulo Guedes pediu perdão,
pediu desculpas pelas palavras agressivas, e o cristão tem que perdoar. Aliás,
o primeiro princípio do perdão é o arrependimento; e o segundo princípio é a
reflexão. Mas aí vem o Ministro Paulo Guedes e peca novamente. Ele ofendeu as
empregadas domésticas, mostrando claramente a visão que se tem de liberdade
econômica sem inclusão social”, detalhou.
O deputado sergipano
afirmou que Guedes tentou minimiza o assunto do aumento do dólar dizendo que as
empregadas domésticas não podem viajar para fora do país. “Ele esquece que o
preço do dólar interfere no preço do pão que o brasileiro come diariamente, no
preço dos remédios que as pessoas fazem uso, no preço do combustível que
movimenta o transporte público”, discursou.
O deputado Fábio
Henrique entende que a liberdade econômica é uma realidade e também não defende
Estado Absoluto. “É preciso que o mercado tenha as condições para se
autorregular, mas não se pode falar de liberdade econômica sem esquecer de
inclusão social. Um país que se pensa apenas em números, em cortes e mais
cortes, e não se pensa no povo, não se pensa nos trabalhadores, não se pensa
nas pessoas que estão na ponta. Queremos uma reflexão para desenvolver o nosso
país com liberdade econômica e também com inclusão social”, finalizou Fábio.