Com o isolamento social necessário para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19), parte da população brasileira passa a contar com a internet como o principal meio para seguir trabalhando em home office, além de estudar, se informar e se entreter, com filmes, jogos, passeios virtuais e música. Além de aumentar o tráfego de dados, isso pode resultar em lentidão no acesso à rede pelos usuários, de acordo com o sociólogo, especialista em Comunicação e Tecnologia e professor da Universidade Federal do ABC Sérgio Amadeu.
 “Com o isolamento social num ambiente urbano, as pessoas com acesso à internet vão precisar se informar, se entreter, realizar atividades e tudo isso pede ‘mais internet’. É como você ter uma estrada e triplicar o número de carros, vai haver congestionamento. A situação é de dificuldade e podemos ter redução na oferta de banda”, diz o especialista.
 O Speedtest.net, serviço usado do mundo para teste de velocidade de conexão à rede mundial de computadores, publicou relatório que aponta redução de velocidade de operação em países como Estados Unidos, China e Itália.
Anatel
 No último domingo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou às operadoras de telefonia e internet medidas a serem implementadas para ampliar e aumentar a velocidade de acesso da população nesse período de crise. Entre as ações indicadas estão ações como aumento de capacidade aos consumidores; abertura e ampliação de pontos de wi-fi públicos; prioridade de atendimento para serviços de utilidade pública, como hospitais e das comunicações do Ministério da Saúde; acesso ao aplicativo “Coronavirus – SUS” do Ministério da Saúde, sem desconto de franquia. Outras medidas seguem em discussão.
 O órgão também recomendou que as empresas flexibilizem os casos de inadimplência por parte dos consumidores em áreas sob restrições de deslocamento.
 Para Sérgio, são ações acertadas da Anatel, mas ainda insuficientes. Falta, segundo o professor, liberar o acesso gratuito para jovens estudantes que terão aula a distância. “Muitos alunos não têm recursos para assistir várias aulas em vídeo. A Anatel deveria impor a gratuidade da navegação na internet para garantir o acesso à educação. Isso evitaria planos oportunistas de operadoras para explorar essas pessoas”, disse.






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