Um estudo realizado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) aponta os municípios mais vulneráveis aos efeitos da pandemia do novo coronavírus na maior região do pais. O trabalho aborda quatro dimensões, incluindo grupos de risco, fragilidade social, acesso a equipamentos de saúde e proximidade a focos de contágio, a partir do cruzamento de dados públicos em nível municipal.
 Em Sergipe, no indice multicritério (calculado a partir da soma dos indicadores normalizados de cada dimensão), Aracaju, Lagarto e Simão Dias aparecem no topo do ranking.
Confira:

1.    Aracaju
2.    Lagarto
3.    Simão Dias
4.    Nossa Senhora do Socorro
5.    Tobias Barreto
6.    Itabaiana
7.    Estância
8.    Japoatã
9.    Gracho Cardoso
10.    Itabaianinha
 O trqbalho foi elaborado pelo coordenador-geral de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene, Robson Brandão, em parceria com o engenheiro Rodolfo Benevenuto, PhD pela Trinity College Dublin.
 Os autores ressaltam que as políticas de enfrentamento à Covid-19 devem considerar a larga amplitude da vulnerabilidade social no Nordeste, pois os índices de extrema pobreza vêm crescendo nos últimos quatro anos e a maior parte dessa população de baixa renda encontra-se na Região, de acordo com o IBGE.
 "Os municípios apontados como prioritários nessa dimensão de vulnerabilidade requerem não apenas políticas públicas de cunho social, mas também de políticas sanitárias que visem conter a velocidade de alastramento do novo coronavírus", diz a publicação.
 Benevenuto acredita que os resultados do estudo podem orientar o desenvolvimento de ações articuladas entre municípios e estados, tornando o enfrentamento da pandemia mais efetivo e reduzindo o número de óbitos que podem acontecer nos próximos meses. “Em um cenário onde os recursos são escassos e as informações são difusas, é fundamental ter um olhar sistêmico do problema em nível regional para garantir a proteção da população mais vulnerável”.
 Robson Brandão destaca que “os resultados do estudo podem ser úteis para auxiliar na distribuição de recursos e testagem do covid-19. É também um alerta a respeito da concentração dos serviços de saúde mais complexos nas capitais. É fato que houve propagação interiorizada do coronavírus, o que pode pressionar o sistema de saúde das capitais, uma vez que as cidades intermediárias do interior do Nordeste normalmente só oferecem serviços de baixa e média complexidade”.




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