A
Operação Flashback II, realizada em onze estados do País nesta terça-feira
(28), cumpriu o total de doze mandados de prisão temporária em Sergipe.
Os alvos são membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A
ação é coordenada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas
(GNCOC), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Além
da capital sergipana, os agentes das forças de segurança cumpriram as ordens
judiciais em cinco municípios do interior do estado. Até o meio da tarde, foram
presos onze alvos desta fase da operação, um alvo da primeira fase e
faltavam ser cumpridos dois mandados de prisão.
De
acordo com o Ministério Público, também foram apreendidos uma arma de fogo,
duas facas, 15 celulares, além de três agendas, uma lista de nomes e uma
pequena quantidade de drogas (maconha e cocaína).
A
Operação Flashback tem como objetivo desarticular um braço da organização
criminosa, que tem base no Mato Grosso do Sul, realizando prisões e buscas em
vários endereços e fazendo ainda a coleta de material genético dos suspeitos,
como forma de auxiliar na elucidação de crimes violentos. O grupo é investigado
pela prática de vários crimes, como tráfico de drogas, homicídios e roubo.
Ao
total, são cumpridos 212 mandados judiciais (entre busca e apreensão e prisão),
em 71 municípios, nos estados de Ceará, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Paraíba,
Piauí, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. As ordens foram
expedidas pela 17ª Vara Criminal de Maceió (Alagoas). Cerca de
mil policiais federais, civis e militares participam da Operação.
Segundo
o MP, a região Nordeste é a que concentra o maior número de ações da operação,
contabilizando oito estados e 179 mandados judiciais expedidos.
Damas do Crime
Nas
investigações foi constatada a maior participação de mulheres. Elas ocupavam
cargos de chefia no organograma da organização criminosa. De acordo com os
levantamentos da Polícia Civil de Alagoas, na hora que definiam a punição para
as vítimas as mulheres tinham perfis tão violentos quanto o dos homens da
facção.
As que possuem funções disciplinares conduzem normalmente estes rituais, elaborando as suas “peças conclusivas”, que resultam em condenações ou absolvições. Elas aplicam as mais diversas penas, inclusive assassinando rivais ou mesmo membros transgressores do PCC.
O núcleo das chamadas Damas do Crime, segundo a Polícia Civil da Alagoas, é composto por 18 mulheres e apenas um homem.