O aluno Vítor Cardoso Alves, do Centro de Excelência Hamilton Alves Rocha, no bairro Eduardo Gomes, em São Cristóvão (SE), agora é membro do Grupo Assessor Regional sobre Participação de Crianças e Adolescentes (GRAPIA) do Instituto Interamericano del Niño, la Niña y Adolescentes (IIN), entidade especializada da Organização dos Estados Americanos (OEA). Com isso, ele se torna o primeiro jovem brasileiro a ocupar esse espaço. Ele já fazia parte do Comitê Nacional de Participação de Adolescentes (CPA), ligado ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), no Brasil, quando teve seu mandato encerrado, recebeu o convite da OEA para participar do processo de seleção para compor o grupo 2020-2022.

 O jovem conta que a seleção foi um processo bastante específico, no qual passou por várias etapas, como apresentação de documentos relativos às suas atividades desempenhadas, análise da sua trajetória e entrevista com a equipe técnica do Instituto Interamericano del Niño, la Niña y Adolescentes, em que teve que responder a perguntas sobre temas como Direitos Humanos nas esferas nacional e internacional, entre outros.
 O GRAPIA é atualmente formado por jovens entre 18 e 25 anos, de diferentes países das Américas, que cumprem um mandato de dois anos. Os conselheiros são jovens que na infância e adolescência acumularam vasta experiência em questões de participação, como direitos, princípios e processos, formando diversas redes, conselhos consultivos e grupos de participação em seus países de residência habitual.
 Assessorar o Instituto Interamericano da Criança e do Adolescente implica continuar promovendo e tutelando os direitos da criança e do adolescente, não como atores, mas como gestores da participação. As funções de um conselheiro são múltiplas, desde reuniões mensais, revisão de documentos de trabalho do IIN, redação de artigos e outros documentos de trabalho no âmbito da promoção e proteção dos direitos da criança e do adolescente, preparação de produtos audiovisuais por ocasião do “Dia da Infância e da Adolescência das Américas” e, a cada aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança, elaboração de relatórios regionais anuais, de caráter reflexivo e com recomendações aos diferentes garantidores de direitos, em níveis nacional e regional.
 Como assessor do IIN, cargo que exercerá até agosto de 2022, Vitor terá atribuições como trabalhar na revisão de todos os documentos produzidos pelo Instituto, dando as suas contribuições juntamente com outros assessores; encaminhar relatórios colocando as suas recomendações sobre os temas a serem debatidos; entre outras funções.
 “Eu sou o primeiro jovem brasileiro a tornar-se assessor do IIN. Então, com isso o Brasil tem muito a ganhar. É importante que a gente tenha essa representação do Brasil, uma vez que o IIN-OEA é um espaço de deliberação de políticas públicas na esfera internacional. A Organização dos Estados Americanos prioriza muito a participação de ativistas pelos Direitos Humanos. Espero contribuir com minha experiência, aprender coisas novas e pautar problemáticas do meu país, buscando ferramentas legais na esfera internacional para solucionarmos cada um dos problemas”, disse.
 O discente Vitor Cardoso afirma que essa sua nova conquista é uma forma de quebrar paradigmas, por ele ser um jovem de periferia, aluno de escola pública e de família humilde. “Isso vai influenciar outros jovens. Se você tem um objetivo, tem que correr atrás dele, independentemente do que as pessoas falem. É preciso acreditar no que o seu potencial pode alcançar”, declarou.
 Estudante do Centro de Excelência Hamilton Alves Rocha, em São Cristóvão, ele conta o quanto a escola pública o ajudou em sua trajetória. “Na rede pública de ensino existe uma diversidade de pessoas e de pensamentos, e isso abriu a minha mente para a temática da Educação. Comecei a enxergar que a educação vai muito além de uma questão técnica; ela ultrapassa os muros das escolas. Percebi que, por meio da educação, nós podemos transformar a vida. Se hoje eu sou o primeiro jovem assessor da OEA, a educação pública teve uma grande contribuição e me ajudou bastante nisso”, explicou.
 Para saber mais sobre o Grupo Assessor Regional sobre Participação de Crianças e Adolescentes (GRAPIA), basta acessar o link:


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