De acordo com Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe, 200 casos
de acidentes aquáticos como afogamento e acidentes com animais já foram
registrados este ano no estado. Desses casos, 21 pessoas morreram por
afogamento de janeiro até setembro. Já o total de mortes por afogamento
contabilizadas em todo o período do ano passado foi de 34.
O Tenente Sinério, chefe da seção de mergulho e responsável pelos
guarda-vidas, contou que para evitar o número maior de mortes e acidentes, uma
das principais medidas tomadas pela equipe é a prevenção, que diminui de forma
significativa o número de afogamentos.
“Temos sinalizado as praias e feito trabalhos de orientação e prevenção.
O trabalho do corpo de bombeiros é prevenir. Quando a prevenção é bem feita,
você não precisa da ação. Mesmo com esses número de casos, consideramos baixa a
recorrência de afogamentos fatais na capital, já que temos 26km de praia e isso
é bom”, explicou o Tenente.
“Trabalhamos com o carro fazendo monitoramento e sinalização nas praias.
Fazemos também campanhas na imprensa, nas escolas, além de panfletagem nos
sinais de trânsito, projetos sociais e isso tem ajudado bastante. Sempre
colocamos a disposição da população o Projeto Verão Mais Seguro, que ensina os
cuidados sobre o banho de rio, de mar, de lagoa, açude, maré ou qualquer lugar
que tenha água”. relatou Sinério.
O bombeiro usou também um dito popular para alertar e orientar os
banhistas os banhistas que correm para as praias e rios conforme nos
encaminhamos para o período de verão e calor no Estado.
“Nossa orientação é a de ‘água no umbigo, sinal de perigo’. Se você não
conhece o local, não entre. Se tiver que entrar, entre com água até o umbigo.
Se ingeriu bebida alcoólica, também não entre na água. Mesmo com a liberação
das praias, açudes e rios, os riscos de afogamento continuam, principalmente
nesse período em que nos encaminhamos para o verão”.
O bombeiro citou também os cuidados que s banhistas devem tomar com as
valas e os valões, fenômenos da natureza que formam piscinas naturais e são, na
grande maioria, os principais responsáveis por afogamento. De acordo com o
Tenente, essas piscinas naturais possuem corrente marítima.
Já para o caso do interior do Estado, onde temos açudes e rios, o alerta
é para o aumento no volume de água, em virtude do período chuvoso que tivemos.
Para Sinério, “cada prefeitura deve conscientizar a população e sinalizar os
locais de risco e os locais apropriados para banho”.