No último dia 30 de agosto
outro tremor de magnitude 6.5 já havia sido registrado no local. De acordo com
o geólogo Eduardo Menezes, que integra a equipe do Labsis, os tremores nessa
região são comuns. "É o próprio movimento oceânico, de separação dos continentes,
que causa esses tremores", disse.
Ainda segundo o geólogo,
apesar da magnitude do tremor, não há risco de tsunami já que, para que isso
ocorra, de forma perceptível, é preciso ter magnitude acima de 7.5 e o
movimento na falha sísmica tem que ser do tipo reverso ou normal, o que
causaria um levantamento ou afundamento brusco do soalho oceânico. De acordo
com o Labsis, no caso do evento no arquipélago o movimento da falha sísmica é
do tipo transcorrente - um tipo de movimento em que há somente deslizamento
horizontal de um lado da falha em relação ao outro.
O epicentro do evento foi
localizado a aproximadamente 282 km a leste de São Pedro e São Paulo, a 816 km
a nordeste de Fernando de Noronha, a 1.184 km a nordeste de São Miguel do
Gostoso, a 1.193 km a nordeste de Natal, a 1.338 km a norte-nordeste de Recife
e a 1.405 km a nordeste de Fortaleza.
A Marinha informou que o tremor não foi sentido pelos quatro militares que se encontram atualmente na Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ECASPSP).
Ainda de acordo com o Labsis, dada a magnitude do tremor é de se esperar que novas réplicas venham a ocorrer nas próximas horas, ou mesmo dias.