Os preços dos cereais, que inclui o grão, estão acima do índice geral de
preços desde março, quando a pandemia começou, segundo a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês). Entre os
principais cereais, cevada, milho e arroz foram os que mais subiram, diz a
organização.
Enquanto o índice geral de preços chegou a 96,1 pontos em agosto (1,8
ponto acima do nível de julho e 2,1 acima do registrado há um ano), o índice de
preços dos cereais bateu em 98,7, 1,8 ponto acima do mês anterior e 6,5 pontos
ante um ano atrás. Em contraste, os valores de carnes e laticínios se
mantiveram estáveis próximos aos níveis de julho.
No caso dos preços internacionais do arroz, a ONU justifica a alta pela
disponibilidade restrita do alimento nesta época do ano somada ao aumento da
demanda africana. Nos mercados de trigo, os preços de exportação aumentaram,
embora com menos força, em razão das perspectivas de menor produção na Europa e
do aumento no interesse de compra.
Já no caso da cevada, os preços ganharam força, aumentando 3,2% de junho
para agosto, refletindo um ritmo mais rápido nas exportações da Argentina para
a China, segundo a ONU. As preocupações com as perspectivas de produção nos
Estados Unidos após os recentes danos às safras em Iowa elevaram os preços do
milho em mais 2,2% em agosto.