Foram presos nesta terça-feira
(23) um delegado, um agente de investigação da Polícia Civil e um policial
militar, todos de Sergipe, suspeitos de envolvimento na ação que resultou na
morte do empresário Gerfferson de Moura, de 32 anos. Ele foi morto durante uma
ação da polícia sergipana na Paraíba no dia 16 de março.
A Polícia Civil da Paraíba representou pela
prisão temporária da equipe de policiais sergipanos. O pedido foi atendido pelo
Ministério Público e Poder Judiciário da Paraíba. Os três foram presos em
Aracaju, onde seguem custodiados.
De acordo com a PC-SE, todos se
apresentaram voluntariamente. Os servidores foram afastados das suas
funções na última sexta-feira (19). "O inquérito policial continua em
andamento no estado da Paraíba. A Polícia Civil de Sergipe reitera que a
Corregedoria da Instituição também acompanha o caso e contribui com as
investigações", disse em nota.
Segundo os primeiros relatos dos policiais
sergipanos, a equipe estava em território paraibano para cumprir mandados de
prisão expedidos contra um grupo que atua no roubo de cargas em Sergipe e que
estava escondido na Paraíba. Durante a ação, a equipe teria se deparado com um
veículo que estaria em atitude suspeita e com o condutor supostamente armado
com uma pistola. Teria havido uma reação e os policiais atingiram o motorista,
que ainda foi socorrido com vida, mas faleceu em seguida.
No entanto, as informações não foram
confirmadas pelas investigações. O caso passou a ser investigado pela Delegacia
de Homicídios da cidade de Patos (PB). Os trabalhos estão sob a coordenação dos
delegados Sylvio Rabello e Glauber Fontes.
De acordo com o delegado Sylvio Rabelo,
segundo as investigações, houve fraude processual e execução da vítima. “Os
policiais apresentaram uma arma de fogo, afirmando que ela pertencia à vítima,
mas rastreamos a origem e descobrimos que ela pertence a um policial militar de
Sergipe e que não havia nenhuma queixa de roubo ou furto. O exame realizado no
corpo da vítima mostrou que ela sofreu sete disparos de arma de fogo e foi
socorrido já sem vida ao hospital”, afirmou o delegado.
Uma equipe de policiais civis da Paraíba deve
vir à capital sergipana para realizar interrogatórios e demais ações
necessárias. “As investigações ainda não foram concluídas. Os trabalhos estão
em continuidade. A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando de maneira técnica
e imparcial”, destacou o delegado.
*Com informações do Jornal
Correio