A Petrobras anunciou nesta 5ª
feira (15.abr.2021) o reajuste no preço médio do litro de diesel e da gasolina
vendidos às distribuidoras de combustível. A partir deste sábado (17.abr), o
litro do diesel custará em média R$ 2,76 nas refinarias –alta de R$ 0,10– e o
da gasolina, R$ 2,64 –aumento de R$ 0,05.
Ao valor do combustível
vendido nas refinarias adiciona-se ainda os impostos federais e estaduais,
custos para compra e mistura de etanol anidro, além das margens das
distribuidoras e postos de combustíveis.
Em fevereiro, no entanto, o
presidente Jair Bolsonaro decidiu zerar por 2 meses –iniciados em março– o
PIS/Cofins sobre o diesel. A medida se deu em meio à pressão de uma possível greve dos caminhoneiros por causa da alta dos
combustíveis. O mandatário demitiu o presidente da Petrobras, Roberto Castello
Branco, em meio a esta discussão.
A mudança nos preços acontece
às vésperas da reunião do Conselho de Administração da companhia marcada para
esta 6ª feira (16.abr), que deve formalizar o general Silva e Luna como presidente da
empresa.
Em nota, a Petrobras afirmou
que “o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para
garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de
desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às
diversas regiões brasileiras”.
Há expectativa de que o novo
presidente possa propor mudanças nessa política. Bolsonaro já cobrou mais “previsibilidade” e “visão
do social” da companhia. Apesar disso, nega interferências.
Eis a íntegra da nota da
Petrobras:
“A partir desta sexta-feira
(16/4), os preços médios da Petrobras nas refinarias serão de R$ 2,64 por litro
para a gasolina e R$ 2,76 por litro para o diesel, após aplicação de reajustes
de R$ 0,05 e de R$0,10 por litro, respectivamente.
O alinhamento dos preços ao
mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga
sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores
responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores,
importadores e outros refinadores, além da Petrobras. Este mesmo equilíbrio
competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no
mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020.
Os reajustes são realizados a
qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de
mercado e da análise do ambiente externo. Isso possibilita a companhia competir
de maneira mais eficiente e flexível e evita o repasse imediato da volatilidade
externa para os preços internos.
Por último, importante lembrar
que os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para
menos associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência
limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais. O preço da
gasolina e do diesel vendidos na bomba do posto revendedor é diferente do valor
cobrado nas refinarias da Petrobras. Até chegar ao consumidor são acrescidos
tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de
biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos
postos revendedores de combustíveis.”