Contrários
ao retorno das atividades presenciais em parte da rede pública de ensino,
previsto para o dia 10 de maio, professores sergipanos decidiram deflagrar uma
greve por tempo indeterminado. A categoria diz não haver condição de segurança
sanitária para volta às escolas. O governo do Estado afirma que tem se
articulado para viabilizar a vacinação dos profissionais da educação.
Poderão
voltar às salas de aula na próxima semana alunos dos 1º e 2º anos do ensino
fundamental, tanto das escolas públicas quanto da rede particular de ensino em
todo o estado. Essa é a terceira data definida pelo governo para recomeço das
atividades presenciais, suspensas desde março de 2020 em função da pandemia da
covid-19.
A
greve, deliberada nesta terça-feira (4) em assembleia do Sintese, vai alcançar
as instituições de ensino do Estado e também de 74 dos 75 municípios
sergipanos, mas deve afetar majoritariamente os colégios municipais, que
respondem por 80% das matrículas nas turmas autorizadas a retomar as atividades
presenciais, e também porque os prefeitos estão autorizados a modificar o
cronograma local de volta às aulas presenciais. Em Aracaju, o magistério é
representado por outro Sindicato.
Segundo
o Sintese, cerca de 44 mil estudantes estão matriculados nas turmas com data de
retorno prevista para o dia 10 de maio. A entidade de classe pretende entrar na
justiça para barrar a decisão do governo estadual.
“Até
o momento, não nos foi apresentada nenhuma justificativa científica que
corrobore o retorno das aulas presenciais, quando vivemos o momento mais
difícil da pandemia, com ocupação máxima de leitos de UTI, sem perspectiva de
quando os trabalhadores da Educação (professores e funcionários) serão
vacinados, sem testagem em massa dos estudantes e sem condições sanitárias e
até mesmo de pessoal nas escolas”, afirma a presidente do Sintese, Ivonete
Cruz.