A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Vigilância Epidemiologia, adverte que o uso indiscriminado do carro fumacê pode causar danos graves à saúde e ao ecossistema como um todo. O carro fumacê, com a reintrodução da dengue no país, na década de 80, foi uma forma de controlar e combater, de forma mais rápida, a doença. Porém, para conter o uso inadequado, o Ministério da Saúde (MS) estabeleceu critérios embasados nos indicadores entomológicos, que é a presença do vetor em cada área, e no indicador epidemiológico que é o número de casos.
 A gerente do Núcleo de Endemias da Vigilância Epidemiológica do Estado (NE/VE), Sidney Lourdes Cesar Souza Sá, explica que quando se passa o carro fumacê em uma determinada localidade, o veneno jogado, se a aplicação não for realizada seguindo critérios estabelecidos, vai ser prejudicial para o meio ambiente. “Por que vai ser prejudicial? Porque ele passa várias vezes na mesma localidade, no mínimo são quatro aplicações, ou seja, quatro semanas jogando veneno naquela localidade. Precisamos olhar o meio ambiente como um todo, desde o vegetal até o animal, e o animal inclui o ser humano. Muita gente tem problemas alérgicos e o uso do veneno pode piorar os quadros de alergia e a eficácia dessa aplicação não nos traz resultados tão bons quanto se espera” diz Sidney.
 De acordo com a gerente, todos os municípios do estado foram contemplados, pelo Governo, com um pulverizador costal portátil, que é mais eficaz que o carro fumacê. O Ministério da Saúde distribui o veneno para os estados e a Secretaria de Estado da Saúde faz o controle e o repasse para os municípios. A fumaça do carro fumacê só pega o vetor que estiver voando naquele momento, pois espalha o produto numa altura que pega o mínimo de mosquitos, já o aparelho portátil tem a mobilidade, a direção e a altura controladas pelo agente de saúde.
 “O gestor municipal de cada região precisa acompanhar os índices de infestação do vetor e os surgimentos de notificações. Hoje, esse pulverizador é utilizado, também, para o bloqueio de casos das arbovisores. É importante que o trabalho seja feito não visando somente o vetor na sua fase adulta, é importante um trabalho na base, com visita do agente, tratamento no depósito, no criadouro, que tudo seja feito corretamente para que não precisemos correr o risco de ficar colocando veneno no meio ambiente”, informa Sidney.

ASN

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