Diante de todas as diferenças entre a Globo e
o presidente Jair Bolsonaro, a Record e o SBT estão
conseguindo “comer pelas beiradas” e chegar onde sempre quiseram: no topo.
Apesar de permanecerem distante do plim plim na audiência, elas estão
em alta com o atual governo, após a campanha implícita que fizeram nas
eleições.
O proprietário da Record, Edir Macedo,
influenciou milhares de fiéis da Igreja Universal a definirem seus votos de
acordo com o dele, enquanto Silvio Santos, depois das eleições, se aproximou
ainda mais de Jair, chegando a recebê-lo em sua casa para um churrasco de
aniversário, no último mês de dezembro.
Tanto Silvio quanto Edir contam com nomes da
família na política, e isso também tem sido um fator positivo para ambas as
emissoras, que atualmente estão em segundo e terceiro lugar na audiência. Já a
Globo, ainda que não promova grandes ataques contra o presidente desde as
eleições, continua sendo sua grande opositora.
Como benefício, a Record e o SBT recebem
informações em primeira mão do atual poder executivo, além de entrevistas
exclusivas, furando o jornalismo Globo como podem e sempre que podem. Se
antes a Globo era a número 1 no Palácio do Planalto, hoje seus jornalistas não
contam com o mesmo prestígio. Isso pode ser prejudicial.