Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam que de 1987 até agosto de 2019 Sergipe registrou 2.301 casos de HIV e 5.155 de Aids. Vale ressaltar que HIV é a sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência humana e Aids é a doença desenvolvida. Dessa forma, nem todo indivíduo que tem o vírus HIV chega a desenvolver a doença que ataca o sistema imunológico. As cidades que mais contabilizam casos são Aracaju, Estância, Itabaiana, Lagarto, Socorro, Propriá e São Cristóvão.
 O gerente do Programa IST/Aids da SES, o médico Almir Santana revela que tem chamado atenção o aumento no número de casos principalmente entre homens e mulheres com faixa etária entre 20 a 34 anos. “Essa é uma faixa de idade onde as pessoas estão com uma vida sexual mais ativa, que estão mudando muito de parceiro e não estão usando camisinha. É um grupo de pessoas informadas, então, não é falta de informação, é falta de prevenção, de achar que não acontece com elas”, alerta. 
 Outra situação que tem favorecido o crescimento do contágio nesse grupo é a ocorrência de festas fechadas onde as pessoas bebem muito, fazem sexo sem camisinha e trocam de parceiros. “São festas secretas onde há este comportamento da não utilização do preservativo e da troca de parceiros. Infelizmente, nem sempre a camisinha é bem aceita nesses locais e com o uso da bebida isso favorece o não uso, pois nem sempre a atitude de se prevenir está presente, e é aí que chamamos de situação de risco”, revela.
 O médico chama atenção ainda sobre outro grupo preocupante que é dos jovens gays. “Eles não querem usar camisinha, não querem se proteger. Por isso estaremos na Parada LGBT para conversar, falar sobre a doença e lembrá-los que a única maneira de proteção para esta e outras doenças sexualmente transmissíveis é somente com o uso de preservativos”, concluiu.

Reportagem: Grecy Andrade

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