O Governador Belivaldo Chagas se
reuniu na manhã desta segunda-feira, 2, na Agência Reguladora de Sergipe
(Agrese) com representantes de oito empresas interessadas na elaboração dos
estudos de viabilidade nos serviços públicos de fornecimento de água e
esgotamento sanitário nos municípios operados pela Companhia de Saneamento de
Sergipe (Deso). O Governador descartou a possibilidade de privatizar a
companhia e disse que a intenção do estudo é buscar soluções para melhorar o serviçoprestado pela Deso no
Estado.
“Esses estudos mostrarão caminhos
para tornar a Deso cada vez mais viável para prestação de um bom serviço a
população. Não estamos discutindo privatização, o objetivo é buscar orientações
e informações para melhorar o atendimento da empresa”, enfatiza Belivaldo
Chagas, governador de Sergipe.
O gestor disse ainda que o Estado
tem um percentual alto de perda de água, além da falta de cobertura do
saneamento básico em muitos municípios sergipanos, questões que busca resolver
através desses estudos.
“Apesar dos esforços empreendidos
pela empresa, notamos que há uma certa deficiência ainda e muita perda de água.
Temos problemas no saneamento, assim como em todo Brasil. Somos avançados em
algumas regiões como na Grande Aracaju e na capital, mas temos municípios no
interior de Sergipe que há problemas de esgotamento sanitário, e quando você
fala em saneamento você fala em saúde, então é preciso cuidar disso e da
população”, afirma o governador.
As oito empresas que demostraram
interesse terão até 100 dias para entregar os estudos, e ao final desse
processo, a Agrese fará um relatório que será entregue ao Governador. A partir
daí o gestor estadual vai escolher qual o melhor tipo de gestão para aplicar na
companhia. “Será feito um raio-x da Deso, um diagnóstico de todo o passivo da
companhia de saneamento, quais os ativos que ela possui e qual a eficiência
necessária para poder universalizar a distribuição de água e esgotamento
sanitário. Ao final dos 100 dias, teremos 30 dias para apresentar o relatório
final ao governador sobre a real situação de saneamento e ele vai escolher qual
modelo de gestão será adotado”, explica Luiz Hamilton Santana, presidente da
Agrese.
Os estudos, que serão feitos
através do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), não trarão custo
algum para o Estado. As empresas farão uma modelagem jurídica, técnica e um
estudo de viabilidade, e ao final desse processo, as empresas terão uma análise
completa da situação do saneamento básico do estado.
“A parceria privada serve para
investir, para aportar um dinheiro no Estado. Então apoiamos esses estados a
investir, porém sem tirar o controle das operações de saneamento da companhia
estadual. A gente não busca ser ressarcido pelo estudo, nosso objetivo é
exatamente fazer a operação e os investimentos nesses sistemas de saneamentos.
Normalmente a gente tem uma despesa com esse estudo e quem se consagrar
vencedor no processo licitatório é que acaba fazendo o ressarcimento desse
custo, então é um forma bastante interessante proposto pela companhia e pelo
Estado que fazem esses estudos sem precisar dispor de recursos financeiros”,
esclarece Alexandre Pin, representante da empresa BRK Ambiental que atualmente
atua em 180 municípios e 18 estados.
Por Karla Pinheiro