Fortes chuvas não pouparam casas, escolas, colheitas e instalações de saúde no Sudão do Sul. Cerca de 7 milhões de pessoas estão sujeitas às graves consequências das inundações que aconteceram no fim de outubro.
 Um de nossos hospitais, em Pibor, foi completamente tomado pela água. “A única maneira de se deslocar pelo hospital agora é de barco, o complexo literalmente se tornou parte do rio”, explicou Benedetta Capelli, coordenadora da equipe médica de Médicos Sem Fronteiras (MSF).
Este ano, o volume de água foi extremamente maior do que o esperado, o que deixou pelo menos dois terços da população extremamente vulnerável a doenças transmitidas pela água. Uma grande preocupação é o possível aparecimento de casos de cólera.
 "Podemos esperar um rápido aumento de diarreia aquosa aguda, infecções do trato respiratório e malária, sendo esta última a maior causa de morte de crianças com menos de 5 anos de idade", disse Kim Gielens, coordenador-geral de MSF no Sudão do Sul.
 Não bastasse tudo isso, um surto de sarampo já em andamento volta a preocupar nossas equipes. Com a aglomeração das pessoas nas áreas secas, o número de casos pode aumentar, assim como a ocorrência de picadas de cobra. Também é possível prever surtos de doenças infantis relacionados à falta de vacinação, porque milhares de doses de vacinas foram inutilizadas durante as cheias e o isolamento das pessoas dificulta o acesso a cuidados de saúde.
 Nossas equipes estão no Sudão do Sul, levando todo cuidado possível para as pessoas afetadas por esse grave desastre natural, mas as necessidades são muitas e urgentes. Por isso, peço que faça uma doação especial para o fundo de emergência de Médicos Sem Fronteiras. É a ajuda de cada um de nossos doadores que nos permite continuar agindo rapidamente em emergências, como a que acontece hoje no Sudão do Sul, e em outras crises pelo mundo.

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