Familiares do João Severino Nunes, que morreu vítima de Covid-19, foram surpreendidos ao saberem que não haviam enterrado o ente querido. O idoso morreu no Hospital São José, no último sábado, 18, mas sepultamento foi realizado com o corpo de outra pessoa no cemitério São João Batista.
Pouco depois do sepultamento, o Hospital São José percebeu a troca de corpos e entrou em contato com a família. Em nota enviada à imprensa, o Hospital São José afirmou que “ao tomar conhecimento do ocorrido, se fez presente “in loco” juntos aos familiares durante todo o sábado dia 18, através do seu serviço social, prestando assistência a ambas as famílias envolvidas”, destaca.
Ainda segundo a unidade hospitalar, a partir desta segunda-feira, 20, todas as medidas administrativas para a apuração do caso vêm sendo tomadas, inclusive com a aplicação de penalidades cabíveis, objetivando que fatos iguais a este não volte a se repetir.
O Hospital São José enfatizou que o contexto relacionado à Covid-19 mudou sobremaneira a dinâmica dos serviços de saúde. “Razão pela qual o Hospital reforçou junto à sua equipe de saúde todos os protocolos e procedimentos assistenciais”, pontuou.
Por fim, a unidade hospitalar salientou que desde a implementação dos serviços de enfermaria e UTI exclusivos para a Covid-19, todos os protocolos do Ministério da Saúde relacionados ao cuidado foram implementados e apresentado às equipes, especialmente, no que concerne ao óbito de pacientes, que segue o estabelecido no “Guia para o manejo de corpos no contexto do novo coronavírus (Covid-19)”, inserido no Plano de Contingência adotado na pandemia.
Esta não é a primeira vez que uma troca de corpos envolvendo vítimas da Covid-19 acontece em Sergipe. No início do mês, o corpo de um idoso de 73 anos foi trocado no Hospital de Cirurgia pelo corpo de uma mulher vítima da mesma doença. Com a troca, o idoso foi sepultado na cidade de Paripiranga, na Bahia.
Por João Paulo Schneider e Verlane Estácio
