Buscando se tornar o terceiro
país do mundo a trazer amostras da Lua para a Terra, a China lançou às 17h25
no horário de Brasília, o foguete Longa Marcha 5 Chang'e-5.
A expectativa é que a decolagem
ocorra hoje (23) às 17h25 no horário de Brasília. Devido ao tamanho
avantajado do equipamento (878 toneladas), foram necessárias duas horas para a
finalização do processo, que ocorreu na segunda-feira (16).
Milhares de pessoas viram um
lindo e grande faixo de luz em várias cidades do nordeste brasileiro, a
aparição durou mais de 30 minutos, na cidade de Tobias Barreto – Se, populares
registraram as imagens e publicaram na rede social.
O país asiático se dedica desde setembro aos preparativos do
evento, algo esperado desde 2017, época em que uma tentativa malsucedida
postergou os planos só agora postos em prática. A confiança, desta vez, reside
no fato de que, em julho deste ano, a Tianwen-1, com destino a Marte, funcionou adequadamente.
Para
tudo tem uma primeira vez
De acordo com Yu Dengyun,
designer-chefe adjunto do programa de exploração lunar da China, o obstáculo
principal da missão diz respeito à coleta das rochas: "A gravidade da Lua
é diferente da encontrada na Terra, representando cerca de 1/6. Nessas
circunstâncias, empacotar as amostras é o ponto-chave a ser trabalhado. Nunca
tentamos isso antes."
"Além disso, normalmente
concluímos o lançamento do foguete na Terra em um ponto fixo. Temos uma técnica
comprovada neste campo. Entretanto, ainda temos dificuldades na decolagem a
partir do módulo de pouso, algo inédito em nossa história", complementa.
No caso de qualquer
adversidade, já existe o Chang’e-6, que, se necessário, oferecerá backup ao
equipamento já a postos; não sendo utilizado desta vez, será direcionado a uma missão em 2023, rumo ao polo
sul lunar.
Outros empreendimentos para a construção de uma estação de pesquisa por
lá já estão em andamento – mas, claro,
tudo depende do desenrolar da história que começa na semana que vem.