Um detento e um policial penal morreram, e outro
agente ficou gravemente ferido no Complexo Prisional Manoel Carvalho Neto
(Copemcan), em São Cristóvão, na Grande Aracaju, na manhã deste domingo
(21). A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça, Trabalho e
Defesa do Consumidor (Sejuc).
De acordo com a Sejuc, o interno Rafael de Oliveira
Gonzaga, de 25 anos, foi tirado isoladamente do Pavilhão 3 e estava na área
externa dos pavilhões (na área comum), acompanhado por policiais penais. O
detento conseguiu tomar a pistola de um policial penal, e atirou contra os
servidores. Ao ouvir os tiros, outros servidores correram para o local e houve
troca de tiros, o detento foi alvejado e morto.
As vítimas foram encaminhas ao Hospital de Urgências
Governador João Alves Filho (Huse). O policial penal Deyvicson Santos Hipólito,
27 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital, o outro servidor
está gravemente ferido.
A Polícia Militar enviou reforço para a unidade prisional.
As imagens do circuito de TV estão sendo checadas para auxiliar na investigação
policial.
Em entrevista ao F5 News, o presidente do Sindicato
dos Policiais Penais de Sergipe (Sindppen), Wesley Alves, disse que essa era
uma tragédia anunciada, pelo grande número de detentos e o baixo efetivo de
servidores. Segundo o sindicalista, no pavilhão onde tudo aconteceu, o P3,
existem 600 presos, e de serviço apenas três policiais penais.
De acordo com Wesley, o Copemcan tem cerca de três
mil internos, e apenas 12 policiais penais. “Tudo isso o sindicato vem
alertando; o baixo efetivo, o risco que os policiais penais correm. A própria
legislação recomenda que para cada cinco presos tenha um policial penal, mas
estamos muito longe disso. Infelizmente, isso foi uma tragédia anunciada”,
lamentou.
Edição de texto: Will
Rodriguez