O Laboratório Central de Sergipe (Lacen), órgão da Secretaria de Estado
da Saúde, mantém em atividade a Vigilância Genômica do SARS-Cov-2, o novo
coronavírus, considerando que a avaliação em conjunto do número de pacientes
hospitalizados e as linhagens mais frequentes em circulação no Estado, é
essencial para a compreensão da pandemia, bem como para orientar as medidas de
controle da doença a serem adotadas pela gestão estadual e dos municípios.
A Vigilância Genômica utiliza amostras de pacientes suspeitos de
qualquer variante nova. Neste caso, o Lacen é informado da suspeita pelo Centro
de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria de
Estado da Saúde e, se a carga viral do paciente for alta, a amostra é enviada
ao laboratório de referência, o Fiocruz, para ser processado o seu
sequenciamento. “Fazemos também o acompanhamento de outras amostras, como por
municípios e óbitos”, informa o superintendente do Lacen, Cliomar Alves.
Desde março de 2020, início da pandemia, foram identificadas em Sergipe
12 linhagens de SARS-CoV-2 circulantes, provenientes do sequenciamento de
amostras de 204 pacientes. As mais frequentes no Estado foram as mesmas também
identificadas no restante do Brasil, ou seja, a P.1 (Manaus), P.2 (Rio de
Janeiro) e B.1.28, B.1 e B.1.1.33, sendo que as três últimas não se constituem
como as variantes mais preocupantes no momento.
De acordo com o superintendente do Lacen, dentre as variantes que mais
preocupam (inglesa, brasileira, sul-africana e indiana) circula em Sergipe a
P.1. No entanto, Cliomar Alves salienta a ocorrência de um caso da linhagem
inglesa no Estado. Informou que a transmissão comunitária da variante de Manaus
ocorreu nos municípios sergipanos de Aracaju, Barra dos Coqueiros, Boquim,
Canhoba, Canindé do São Francisco, Capela, Cedro de São João, Itaporanga
D’Ajuda, Laranjeiras, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa
Senhora do Socorro, Porto da Folha, Riachuelo, Ribeirópolis, São Cristóvão e
Simão Dias.
Cliomar observa que a variante P.1 predominou nos meses de fevereiro,
março e abril. Segundo o superintendente foram sequenciadas linhagens de
amostras provenientes dos municípios de Aquidabã, Aracaju, Barra dos Coqueiros,
Boquim, Canhoba, Canindé de São Francisco, Capela, Cedro de São João,
Cristinápolis, Estância, Frei Paulo, Itaporanga D’Ajuda, Lagarto, Laranjeiras,
Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Socorro,
Porto da Folha, Riachuelo, Ribeirópolis, São Cristóvão, Simão Dias, Tobias
Barreto e Tomar do Geru.
Fonte: SES