A convocação do presidente Jair Bolsonaro para um ato de "último aviso" ao Judiciário e ao Congresso deu resultado e grupos bolsonaristas se organizam nas redes sociais para transformar o 7 de setembro em um grande ato de apoio ao presidente, com uma pauta que inclui a defesa do voto impresso, a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaças de golpe de Estado.

 No início do mês, o próprio presidente convocou um ato para a Avenida Paulista, em São Paulo, em uma "sugestão" para seus apoiadores na guerra que abriu contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

 "Se o ministro Barroso continuar sendo insensível, se o povo assim o desejar, uma concentração na Paulista para dar o último recado, para que entendam o que está acontecendo e passem a ouvir o povo, eu estarei lá", disse.

 No último final de semana, Bolsonaro reafirmou sua convocação ao movimento em uma mensagem repassada a listas de transmissão em que tem ministros, amigos e apoiadores, o que foi revelado pelo colunista do site Metrópoles, Guilherme Amado e confirmado a Reuters por uma fonte próxima do presidente.

 O texto, que fala de Bolsonaro em terceira pessoa, diz que o movimento é para "manter o poder", acusa a esquerda de tentar dar um golpe de Estado e diz que pode ser necessário um "contragolpe", que seria mais difícil do que teria sido em 1964, quando os militares tomaram o poder. A manifestação do 7 de setembro seria para mostrar a força do presidente.

 "Foi por estes motivos que o presidente Bolsonaro, no início de agosto, em vídeo gravado, pediu para que o povo brasileiro fosse mais uma vez às ruas, na Avenida Paulista, no dia 7 de setembro, dar o último aviso, mas, desta vez, ele reforçou que o 'contingente' deveria ser absurdamente gigante", afirma o texto repassado pelo presidente.

 "Ou seja, o tamanho desta manifestação deverá ser o maior já visto na História do país, a ponto de comprovar e apoiar, inclusive internacionalmente, para que dê a ele e às FFAA (Forças Armadas), para que, em caso de um bastante provável e necessário contragolpe que terão que implementar em breve, diante do grave avanço do golpe já em curso há tempos e que agora avança de forma muito mais agressiva, perpetrado pelo Poder Judiciário, esquerda e todo um aparato, inclusive internacional, de interesses escusos", acrescenta o texto.

 

 

 

 

 

 


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