A aplicação da terceira dose
de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de
saúde. A informação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante
entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (18), para explicar a metodologia
para harmonizar a distribuição de imunizantes para os estados e o Distrito
Federal.
O ministro, no entanto,
destacou para a iniciar a dose de reforço ainda são necessários mais dados
científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a sua aplicação.
“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o
número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação.
Isso vale para todos os imunizantes”.
Distribuição de vacinas
Ao explicar a metodologia de
distribuição de imunizantes, Queiroga disse que cabe ao ministério equilibrar a
distribuição de vacinas entre os estados e o Distrito Federal. O ministro
ressaltou a importância dos entes federados observarem o intervalo entre as
doses, que varia de acordo com o cada imunizante.
“É fundamental que se observe
o intervale de vacinação entre as doses, para que possamos entregar as vacinas
com a pontualidade desejada. Porque, se cada estado, cada município, resolver
fazer a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as
vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará a nossa campanha nacional
de imunização”, disse.
De acordo com o ministério, as
doses são enviadas aos estados levando em consideração a população, acima de 18
anos, que ainda não foi vacinada em cada unidade da Federação.
“Vamos fazer o possível para
que essa distribuição ajustada garanta uma maior homogeneidade na vacinação em
todas as unidades da Federação. O compromisso que o governo federal tem é com
cada um dos 210 milhões de brasileiros. Se imunizarmos a população vacinável,
todos vão se beneficiar com a imunidade que será proporcionada”, afirmou o
ministro da Saúde.
Para enviar as doses nesse
formato, o Ministério da Saúde informou que fez um levantamento com base em
dois critérios: as vacinas para a primeira dose já enviadas para cada estado,
desde o começo da campanha de vacinação, e a estimativa da população acima de
18 anos de cada unidade da federação.
“O Ministério da Saúde, em
momento nenhum, mudou a metodologia. A diferença é que temos que obedecer um
princípio maior, que rege toda a gestão do SUS [Sistema Único de Saúde], que se
chama equidade. Ela tem que ser sempre buscada e preservada. O Ministério da
Saúde tem a obrigação de olhar para todos os brasileiros da mesma forma, independentemente
da unidade federativa”, disse a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do
Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo.
De acordo com o ministério, a
medida foi acordada entre representantes da União, estados pelo Conselho
Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e municípios pelo Conselho Nacional
de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), após a conclusão do envio de
vacinas para imunizar todos os 29 grupos prioritários definidos pelo Plano
Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
O ministério informou ainda
que o ajuste na distribuição não impactará na distribuição das vacinas para a
segunda dose, já que todos os estados continuarão recebendo o quantitativo
necessário para completar todos os esquemas vacinais.