Uma mulher de 45 anos foi presa cerca de 20 anos após ter matado o namorado, um policial, durante uma briga, em Aracaju, capital de Sergipe. Shirleide Fernanda da Conceição Souza usava documentos falsos e foi encontrada nesta segunda-feira (11), quando saía de casa, em Vicente de Carvalho, distrito de Guarujá, no litoral paulista. Ela confessou o crime em depoimento.
 O crime, que prescreveria este ano, veio à tona novamente em 24 de junho de 2017, quando um outro caso de homicídio foi registrado na família de Shirleide. A partir daí, a Polícia Civil de Sergipe acabou retomando as investigações sobre o assassinato de Augusto César Melo, que era lotado na Companhia de Policiamento Rodoviário (CPRV), em Aracaju.
 A situação aconteceu no início de 1998. Shirleide se relacionava com Melo, mas o casal se desentendeu. Perto de um barranco, eles iniciaram uma discussão, que acabou se tornando uma troca de agressões. Nesse momento, ela conseguiu pegar o revólver dele e atirou à queima roupa.
 Shirleide foi apontada como a autora do crime, mas falsificou documentos e fugiu para Guarujá, três meses depois. Usando a certidão de nascimento da irmã, chamada Sandra, adicionou à frente do nome o complemento 'Ales'.
 Desde então, passou a usar o nome Alessandra Conceição Souza, tanto no RG quanto na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Carteira de Trabalho, documentos que apresentou aos policiais quando foi abordada.
 Há cerca de uma semana, equipes da Polícia Civil de Sergipe acionaram integrantes do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), na capital paulista, falando da possibilidade de Shirleide estar no estado.
 Registros de digitais da fugitiva armazenados no banco de dados sergipano foram enviados ao IIRGD, que confrontou com os registros locais e os associou ao nome de Alessandra Conceição Souza.
 As buscas indicaram que ela estaria morando em Guarujá. A partir daí, foram realizadas diligências pelo bairro Jardim Brasil I. Foi quando uma mulher com as mesmas características da fugitiva foi vista saindo de uma residência. Abordada, ela mostrou os documentos falsificados, sendo detida e encaminhada à Delegacia Sede do município.
 Em depoimento, ela acabou confessando o crime, e que a documentação era falsa. Ela detalhou como conseguiu emitir RG, CNH e Carteira de Trabalho com outros nomes. Diante da confissão, ela acabou detida em flagrante por falsificação de documento, prisão que foi convertida em preventiva por ser foragida da Justiça pelo crime de homicídio. Ela permaneceu recolhida na carceragem da unidade à disposição da Justiça.

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