A comunidade do Povoado Muquém, na Zona Rural do município de Itabaianinha (SE), distante 118 km de Aracaju, denuncia que há cerca de dois meses mais 20 alunos da Escola Municipal Tennyson Fontes de Souza estudam dentro de um bar.
 De acordo com os pais, que não querem se identificar, os alunos têm aulas nos períodos da manhã e tarde. O espaço foi alugado pela Prefeitura de Itabaianinha há cerca de 2 meses, quando as aulas iniciaram.
 Os pais estão preocupados porque as aulas acontecem no mesmo espaço onde ficam expostos materiais cortantes, como facas, e outros objetos utilizados na rotina do bar. As fotos enviadas por Martins Neto mostram geladeiras funcionando com bebidas, que poderiam ser alcançadas pelas crianças.
 O caso enfrentado pelos alunos foi discutindo na noite de terça-feira (26) no plenário da Câmara Municipal de Itabaianinha pelo vereador Flávio de Jesus (PV). Ele também denunciou que a estrutura do local não oferece condições para atender as crianças da forma adequada.
 “Ontem, quando estava chovendo, as crianças tiveram que correr pra se protegerem embaixo do balcão”, denuncia o parlamentar, que esteve no local.
O que diz a Prefeitura?
 O secretário municipal da Educação de Itabaiainha, Thiago Carvalho, confirmou ao G1 que o local é utilizado como sala de aula para alunos do 3º ano do ensino fundamental.
 “É antiga a cobrança da comunidade para ofertarmos vagas de creche para atender a necessidade de crianças de 3 anos, já que muitos pais precisavam trabalhar e não tinham onde deixar os filhos. Só que, ao invés de levarmos a turma de creche para este imóvel provisório, colocamos os pequenininhos no próprio prédio da escola e levamos uma turma do 3º ano, que têm 8 anos de idade, para esse anexo provisório”, conta o secretário da educação.
 Ele completou dizendo que a escolha do local foi submetida aos pais e aprovada, até que uma outra área do bar, onde já foi um vestiário, esteja reformado e adaptado para receber os alunos de forma mais adequada. Esta área já vinha sendo utilizada como apoio para o campo onde funcionavam as atividades do Programa Mais Educação, em 2018.
 O prédio foi alugado por R$ 350 mensais, com a promessa de, em 90 dias, a outra área estar reformada, onde deverá servir como sala de aula e dentro das condições mínimas necessárias.
 “Quando o proprietário do espaço conversou com a gente pediu um prazo para fazer as adaptações na área do vestiário, com forro e pvc, reparos no telhado, banheiros adaptados e toda a estrutura adequada às crianças. E enquanto isso, os estudantes teriam aula nesta outra área. Quando a gente esteve no local, no início do ano, as geladeiras não estavam por lá e inclusive foi exigida a retirada de tudo que oferecesse riscos aos alunos”, diz, lembrando que o prazo para entrega desse novo espaço termina no início de abril.
 Após a denúncia da comunidade, as aulas voltaram a acontecer normalmente, agora com a retirada da geladeira e bebidas.

G1

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