A Justiça Federal autorizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ir ao velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu no início da tarde desta sexta-feira, aos 7 anos, em decorrência de uma meningite meningocócica. Por uma questão de segurança, os detalhes do deslocamento do ex-presidente — que está preso em Curitiba em uma sala especial da Polícia Federal — serão mantidos em sigilo. O processo de execução penal de Lula está sob sigilo. "A fim de preservar a intimidade da família e garantir não apenas a integridade do preso, mas a segurança pública, os detalhes do deslocamento serão mantidos em sigilo", informou, em nota, a Justiça Federal.
 O ex-presidente terá a disposição um avião do Governo do Paraná para viajar a São Paulo para o velório. Segundo a gestão paranaense, a aeronave foi um pedido da Polícia Federal. Mais cedo, o Ministério Público Federal já tinha dado parecer favorável à saída de Lula da cadeia, pedida por sua defesa.
 A informação do empréstimo da aeronave foi confirmada pelo Governo do Estado, liberada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). "O apoio para o deslocamento permitirá que o ex-presidente participe do velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu nesta sexta-feira em Santo André, vítima de meningite", diz o Governo do Paraná, em nota. A presidenta do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, visitou o ex-presidente no final da tarde desta sexta-feira. Segundo ela, Lula estava bastante "abatido" com a notícia da morte de Arthur. "[Lula] Disse que deveria ser proibido um pai enterrar o filho, um avô enterrar o neto", afirmou.
 Esta será a primeira vez que Lula deixará a carceragem da PF em Curitiba em cumprimento da Lei de Execução Penal, que no artigo 120 prevê que presos em regime fechado, semiaberto ou provisórios podem obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, no caso de falecimento de cônjuge, companheiros, ascendentes, descendentes ou irmãos.
 No final de janeiro deste ano, o ex-presidente chegou a recorrer à Justiça para participar do enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, de 79 anos, que morreu de câncer no pulmão. A Justiça negou o pedido em primeira e segunda instâncias, alegando que não havia condições de segurança e logística para o deslocamento. Os advogados de Lula recorreram e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Antonio Dias Toffoli, aceitou o pedido. A autorização, no entanto, chegou no momento em que Vavá era sepultado e, por isso, Lula não conseguiu comparecer ao enterro do corpo do irmão.

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