A previsão do mercado
financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,11%
para 5,05%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação
divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os
principais indicadores econômicos.
Para o próximo ano, a
expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 17 semanas
consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua projetando expansão
de 2,50% do PIB.
Inflação
As instituições financeiras
consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) em 1,94% para 1,99% este ano.
Para 2021, a estimativa de
inflação foi mantida em 3,01%. A previsão para 2022 e 2023 também não teve
alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.
O cálculo para 2020 está
abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central.
A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou
seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.
Para 2021, a meta é 3,75%,
para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual
para cima ou para baixo em cada ano.
Selic
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom).
Para o mercado financeiro, a
expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a
expectativa é que a taxa básica chegue a 2,5% ao ano. Para o fim de 2022, a
previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 5,63% ao ano.
Quando o Copom reduz a Selic,
a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros
cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas
administrativas.
Quando o Copom aumenta a taxa
básica de juros o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança.D
Dólar
A previsão para a cotação do
dólar permanece em R$ 5,25, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a
expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.