Uma mulher de 36 anos, moradora de Aracaju, morreu em decorrência de complicações provocadas pelo vírus Influenza A A3N2. A informação foi confirmada nesta terça-feira (28), pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Alerta Epidemiológico divulgado durante reunião com os gestores da rede hospitalar no Estado.

 De acordo com a SES, até ontem (27), foram identificadas 257 amostras positivas para Influenza A H3N2, entre as testadas no Laboratório Central de Sergipe (Lacen/SE). Foi identificada também a circulação do vírus em 32 municípios sergipanos.

 O vírus Influenza pode causar o quadro clássico de Síndrome Gripal (SG) ou o quadro mais grave de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), assim como ocorre com outros vírus respiratórios.

 Entre as amostras confirmadas, 253 foram de casos de Síndrome Gripal (SG), distribuídas em ambos os sexos e em todas as faixas etárias, com maior concentração na terceira década de vida. Das outras quatro, houve registro de casos que necessitaram de internação. Os casos de SRAG são:

 Um menino de 11 anos, residente em Aracaju - apresentou boa evolução e teve alta em 16 de dezembro.

 Mulher idosa de 86 anos, residente em Itabaianinha, internada no Hospital Regional de Estância. 

 Mulher idosa de 85 anos, residente em Tomar do Geru, internada no Hospital Regional de Estância. 

 A quarta paciente é  uma mulher de 36 anos, residente no município de Aracaju e que veio a falecer. Segundo a Secretaria, a paciente era portadora de bronquite asmática. Ela morreu no dia 20 passado e, após investigação, foi confirmada a presença de Influenza A H3N2.

Alerta

 A Secretaria de Estado da Saúde, por meio das diretorias de Vigilância em Saúde e de Atenção às Urgências e Especializada, reuniu de forma remota as unidades que compõem a rede hospitalar pública. O objetivo foi ouvir os dirigentes dos Hospitais Regionais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) para saber como estão as portas de urgência em relação ao paciente com síndrome gripal e orientar quanto à notificação de casos, organização do fluxo de atendimento e coleta de exames.

 Os dirigentes foram unânimes em apontar o aumento no volume de atendimento, ocasionado principalmente pelos casos de síndrome gripal, em alguns hospitais chegando a responder por 80% dos casos que têm chegado às portas de urgência. 

 De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Marco Aurélio Góes, como se está em uma Emergência de Saúde Pública Internacional (a pandemia de Covid-19), todas as amostras coletadas serão processadas para a Covid-19, e, nos casos negativos, para outros vírus respiratórios, incluindo o Influenza A H3N2. 

 “Conversamos ainda sobre a necessidade da superintendência dos hospitais dialogarem com o corpo clínico sobre os casos de Influenza que têm indicação de tratamento antiviral, já que temos um tratamento específico para os casos que necessitam de internação ou têm fatores de risco para agravamento”, salientou o diretor.

 Ainda de acordo com Marco Aurélio, o atendimento aos casos de síndrome gripal se dá em rede, ficando como função das UPAS e hospitais a assistência aos casos graves, que evoluíram com alguma complicação. 

 “No entanto, a maior parte pode e deve ser atendida na Atenção Primária à Saúde, porque são de baixa complexidade. Essa é uma discussão que a gente tem sempre com os municípios e que vamos reforçar na próxima reunião”, antecipou.

Edição de texto: Monica Pinto

 

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