Os policiais militares, civis e bombeiros da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) reagiram com manifestação ao anúncio de reajuste salarial de 5%, dado pelo governador Belivaldo Chagas na última quarta-feira, 23. Para a categoria, a contraproposta apresentada não abarca todos os trabalhadores, o que gera insatisfações.
Já são quase dois anos de luta das categorias que, por meio do movimento Polícia Unida, realizam diversos atos e manifestações para reivindicar por adicional de periculosidade, reestruturação das carreiras e a recomposição das perdas inflacionárias. Somente esse ano, diversas ações já foram realizadas pelos profissionais.
Nesta quinta-feira, 23, policiais e bombeiros realizaram uma nova manifestação
na porta da SSP. Insatisfeitos, os trabalhadores das forças de segurança
afirmam não aceitarem apenas 5% de reajuste. “Enquanto liderança do movimento,
afirmo que não alimentamos expectativas com o governo que levou dois anos para
iniciar uma negociação. Até o momento não foi apresentada nenhuma
contraproposta sobre o adicional de periculosidade. Foi apresentado apenas um
dos itens que é a recomposição inflacionária no valor de 5%. Infelizmente o
governador, que atualizou o próprio salário com todas as reposições ainda no
ano passado, é este que desvaloriza a segurança pública, e apresenta uma
reposição de apenas 5%”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de
Sergipe (Sinpol), Adriano Bandeira.
Ainda conforme o representante, as categorias não abrem mão do adicional de
periculosidade, uma das principais pautas de reivindicação. No entanto, o
governo parece estar ignorando este item. “Segundo comentários nos corredores
da SSP, o projeto de reestruturação apresentado pelo governo não vai ter pacto
financeiro, e retira desta demanda os nossos colegas aposentados e reformados
da Polícia Militar. Dessa forma, infelizmente, ele retoma para a segurança
pública um caos, uma instabilidade. Lamentamos, mas estamos aqui para vocalizar
o interesse de toda a categoria policial”, conclui Bandeira.