O policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida
morreu durante uma operação na manhã desta sexta-feira (15) no bairro de
Valéria, em Salvador.
Dentro da Polícia Federal desde 2013, ele era
lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da Bahia, depois de iniciar a
carreira na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de
Armas (Delepat), no Pará. Ele também atuou na Delegacia de Repressão a
Entorpecentes (DRE/PA) e a Superintendência Regional da Polícia Federal na
Bahia, sendo lotado, inicialmente, no Núcleo Especial de Polícia Marítima
(Nepom).
Lucas tinha 42, casado e não teve filhos. Filho de
médica, ele é soteropolitano e estudou no colégio Antônio Vieira, em Salvador.
Nas redes sociais, a escola manifestou solidariedade aos amigos e familiares.
Ele chegou inicialmente a ser socorrido ao Hospital
Geral do Estado (HGE), mas já estava em vida ao dar entrada na unidade. O corpo
foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Uma cerimônia para cremação
vai acontecer a partir as 17h15 de hoje no Cemitério Bosque da Paz.
O secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner,
lamentou a morte do policial. “Caribé era um irmão”, escreveu Werner. “Faremos
tudo o que estiver ao alcance para levar os responsáveis à Justiça. Manter a
serenidade e adotar todas as ações necessárias para chegar aos responsáveis”,
acrescentou. “Deus o receba e conforte sua família e amigos neste momento!”.
A Polícia Militar também divulgou nota lamentando a
morte. “A PMBA se solidariza com a dor da família, instituição, amigos e
companheiros de profissão de Caribé”, diz texto publicado nas redes sociais.
O govenador Jerônimo Rodrigues também se
posicionou. “Quero ser solidário à PF, perdemos um homem em confronto com o
crime organizado, as facções. A polícia está indo de encontro a aquilo que não
vai se estabelecer no estado da Bahia, que é a ocupação pelo crime organizado.
Vamos continuar firmes””, disse ele, que está em Feira de Santana para entrega
de viaturas.
Operação
Batizada de Fauda, uma megaoperação é conduzida
pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) da Polícia Federal
e da Secretaria da Segurança Pública da Bahia no bairro de Valéria.
Além de Caribé, outros dois policiais foram
baleados: o civil Vockton Carvalho e e a federal Hosannah Carneiro.
Quatro suspeitos morreram
durante a troca de tiros.
Helicópteros do Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia
Militar estão fazendo varreduras por toda região do Subúrbio. Do alto, os
militares do Graer identificam possíveis rotas de fuga e repassam informações
para auxiliar as equipes em terra.
Os suspeitos estão escondidos em uma área de mata
fechada, informou a polícia. Carregadores e munições abandonadas foram
encontradas no local.