Cerca de 164 mil jovens de 15 a 29 anos não ocupavam o mercado de trabalho e também não estavam estudando em 2022. Esse grupo, conhecido como nem-nem, representa 27,2% da população do estado nessa faixa etária. A proporção é superior à do Brasil (22,3%) e inferior à do Nordeste (29,8%).

Um relatório elaborado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico colocou o Brasil entre os países com maior proporção de jovens que estão fora da escola e sem trabalhar. O nem-nem é o jovem que não estuda nem trabalha. “É uma tragédia macro, microeconômica. A gente vive mais e nós estamos produzindo cada vez menos jovens. E uma parte grande desses jovens que a gente tem vai ser incapaz de sustentar os idosos”, explica Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia da USP.

No ranking de 37 países analisados pela OCDE, o segundo lugar é do Brasil na proporção de jovens fora da escola e sem trabalho - atrás só da África do Sul. De perto, o Brasil parece até dois países. No mais pobre, onde se concentra a maior parte da população, a proporção de jovens que não estudam nem trabalham fica bem acima da média. Em contraste, no Brasil das famílias mais ricas, essa proporção é bem menor. O que perpetua o cenário de desigualdade.

Miséria

Em 2022, considerando os parâmetros do Banco Mundial, a proporção de sergipanos vivendo abaixo da linha da extrema pobreza, ou seja, com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 2,15 PPC (Paridade do Poder de Compra) por dia, o equivalente a R$ 200 mensais, alcançou 8,9% (209 mil), 6,0 pontos percentuais (p.p.) a menos que em 2021, quando era 14,9% (349 mil) e 0,5 ponto percentual a mais que em 2020, ano imediatamente posterior à pandemia, quando era de 8,4% (195 mil). Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) – 2023, divulgados pelo IBGE.

A proporção de pessoas em condição extremamente pobre no estado é superior à do Brasil (5,9%) e inferior à da Região Nordeste (11,8%). No ranking nacional, Sergipe é a 11ª unidade federativa com maior proporção de pessoas nessa situação e o menor índice do Nordeste. O percentual da população sergipana que recebe menos de US$ 6,85 PPC (Paridade de Poder de Compra) por dia, o equivalente a R$ 637 mensais, atingiu 45,6% em 2023. Esse percentual equivale a cerca de 1,076 milhão de pessoas vivendo em situação de pobreza, uma queda de 10,1 p.p. (55,7%) em relação ao ano anterior. Na comparação com 2020, pós-pandemia, quando 43,9% (1,02 milhão) das pessoas viviam nessa condição, houve um acréscimo de 1,7 p.p.

Jornal da Cidade

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