Neste último sábado, dia 2 de dezembro, marcou uma década desde que Marcelo Déda (in memorian) deixou o mundo dos homens para se tornar história, com uma trajetória marcada por sua conduta ética, moral, poder de retórica e discurso impávido. O ex-governador faleceu em 2 de dezembro de 2013, vítima de falência múltipla de órgãos, decorrente de um câncer no sistema gastrointestinal que consumiu sua vida ao longo de meses.

Reconhecido nacionalmente por sua envergadura política e capacidade intelectual, Marcelo Déda Chagas era querido não apenas dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) – do qual foi cofundador em Sergipe – mas também por colegas de diversas legendas partidárias.

Nascido em 11 de março de 1960, em Simão Dias, Déda cresceu em uma família de cinco irmãos, filho de Manoel Celestino Chagas e dona Zilda Déda Chagas.

Após mudar-se para Aracaju aos 13 anos, ele iniciou seu envolvimento político nos movimentos estudantis de esquerda no final dos anos 1970, no Colégio Atheneu. Além disso, contribuiu para a cena cultural como cineasta amador, organizando cineclubes entre os estudantes.

No período de 1980 a 1984, Déda cursou direito na Universidade Federal de Sergipe, engajando-se na consolidação do PT no estado. Influenciado pelo pensamento marxista, especialmente por Antonio Gramsci, ele teve encontros decisivos, como o com o líder sindical e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ingressou no PT em 1985, sendo eleito deputado estadual em 1986. Embora não tenha conseguido a reeleição em 1990, retornou à política como deputado federal em 1994. Deixou a Câmara para ser prefeito de Aracaju em 2000, vencendo a eleição no primeiro turno. Em 2006, renunciou para concorrer e ser eleito governador de Sergipe, sendo reeleito em 2010.

Revista Realce

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