As mulheres ganham 7,1% a menos do que os homens no estado de Sergipe – o segundo estado brasileiro com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres. É o que aponta o 1º Relatório de Transparência Salarial já publicado no país com recorte de gênero. O documento, apresentado nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), contém os principais dados extraídos das informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários – perfil exigido por lei para apresentar os dados para o Governo Federal.

No total, 307 empresas sergipanas responderam ao questionário. Juntas, elas somam 104,9 mil empregados. A exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, que dispõe sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em Sergipe, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 34,9%.

No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em maior número no mercado de trabalho sergipano, também recebem mais do que as mulheres não negras. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.896,69, a da não negra é de R$ 2.676,31. Já no caso dos homens, o cenário é o oposto: os negros recebem em média R$ R$ 2.942,95 e os não negros, R$ 3.324,82.

O Relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

No caso de Sergipe, o relatório registrou que 40,3% das empresas possuem planos de cargos e salários; 32,7% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 32,1% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 20,9% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.

Apenas 13,3% possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 18,4% incentivam o ingresso de mulheres com deficiência, e apenas 4,6% têm programas específicos de incentivo à contratação de mulheres vítimas de violência.

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