Na manhã desta quinta-feira, 22, o supervisor de comunicação do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC/SE), Fred Gomes, concedeu entrevista ao radialista Alex Carvalho na rádio Jornal 540 Am [Programa Balanço Geral com apresentação de Augusto Júnior
 Fred utilizou as redes sociais para reclamar da demora, e reivindicar atendimento para uma criança de 05 anos que passou 19 horas (Das 05h até a meia noite) para receber atendimento médico. Por isso, a reportagem da rádio Jornal procurou o supervisor para saber detalhes da situação.
 “Muito difícil, estamos aqui diariamente acompanhando o sofrimento desses pais que sofrem ao ver os seus filhos nesta situação”, explicou Fred.
 Durante entrevista, o supervisor lembra que recebeu, aproximadamente às 17h, a ligação de pai da criança que esperava ser atendida triste com a informação de que não mais seria realizado atendimento em seu filho.
 “Com recebimento da ligação fiquei indignado, pois, criança estava em jejum desde às 05h da manhã, com estado de saúde debilitado. De antemão, procurei as redes sociais para manifestar a minha contrariedade com a situação”, enfatizou Fred.
 Diante da repercussão, uma equipe médica apareceu falando que realizaria a ultrassom no mesmo dia, e que o pai aguardasse.
 Só que esse aguardar, lembra o supervisor, seria até a meia noite. “Olha que desumano isso para uma criança que está realizando tratamento de câncer, que estava em isolamento devido a situação complicadíssima do estado de saúde em que se encontra. E, se deixa uma criança de 05 anos por 19h sem se alimentar”, lamentou.
 O supervisor do Gacc aproveitou a reportagem para denunciar a falta de diversos equipamentos. De acordo com ele, falta-se agulhas, medicamentos, dentre estes: uma simples dipirona falta no centro de Oncologia do Huse. Além disso, faltam: Carboplatina (quimioterápico), Hydrea (indicado para o tratamento de leucemia/câncer de origem na medula óssea) e Pen-ve-oral (há 06 meses em falta).
Outro dado lamentado por Fred, deve-se ao fato de sempre culpar os fornecedores. “A culpa sempre é do fornecedor, nunca deles”, citou Fred que culpa a falta de gerenciamento e sensibilidade.
 “Falta o olhar humano para a causa. Acompanho isso diariamente. Que me deixa angustiado na situação de pai, de ser humano. Não entendo como um político sabe da problemática que isso provoca aos pacientes e ainda vai a tv dizer que está tudo bem, tudo maravilha e ainda sai sorrindo, ”, indagou um atônito Fred.
Prosseguindo com matéria, Alex questionou a mãe de uma criança de 13 anos que faleceu há poucos dias devido a uma intercorrência. De bate pronto, ela respondeu:
“Falta tudo, de uma dipirona que custa R$ 2 reais a uma sonda no valor de R$ 8 reais. Por sinal, na “Ala F” não tem médico plantonista, só temos médico até as 13h. Depois só Deus”, denunciou.
 A entrevista foi concluída com as seguintes revelações e questionamento: “Eles fazem quimioterapia sem ar-condicionado, as janelas são cobertas com papelão. Por que o setor de Oncologia não funciona 24h, só funciona de segunda a sexta-feira? ”

Isso é uma vergonha
Com informações de Alex Carvalho
Da Redação


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